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Sobe para 43 o número de mortos nos ataques na Nigéria

 Sobe para 43 o número de mortos nos ataques na Nigéria

O número de mortos em dois ataques de homens armados no noroeste da Nigéria subiu para 43, de acordo com um novo balanço divulgado na noite de quarta-feira pelas autoridades locais.

O último balanço dava conta de 15 mortos. Bandos criminosos, conhecidos localmente como “bandidos”, têm vindo a aumentar a frequência e intensidade dos ataques nas zonas central e noroeste do país mais populoso de África nos últimos meses.

No domingo à noite, dezenas de atacantes invadiram as cidades de Illela e Goronyo no estado de Sokoto, cujo governo atualizou para 43 o número de mortos dos ataques.

“Este não é um número baixo. É muito triste. Este incidente afeta-nos muito”, afirmou o governador local, Aminu Waziri Tambuwal, citado numa declaração.

As forças de segurança nigerianas têm vindo a realizar ofensivas aéreas e terrestres em campos de bandidos no vizinho estado de Zamfara, epicentro da violência, desde setembro.

Os bandidos, em fuga das operações militares em Zamfara, criaram campos perto da fronteira com o Níger, nomeadamente em Sokoto, de onde têm lançado ataques às comunidades.

Em outubro, os bandidos abriram fogo num mercado em Goronyo, matando 43 comerciantes. O incidente aconteceu poucos dias depois de um ataque a outro mercado, na comuna de Sabon Birni, na qual 19 pessoas foram mortas.

Ainda que os bandos criminosos não tenham até agora dado indicações de que tenham quaisquer reivindicações ideológicas, existem preocupações crescentes sobre a infiltração de ‘jihadistas’ nesses grupos.

A Nigéria combate há 12 anos uma insurreição ‘jihadista’, sobretudo no nordeste do país.

Numa reunião com oficiais militares na passada segunda-feira, Aminu Tambuwal, que já foi presidente da Câmara dos Representantes no Parlamento nigeriano, antes de assumir o governo de Sokoto, avisou que os bandidos estavam “a transformar-se em terroristas” e exortou o Governo nigeriano a intensificar as medidas para travar a violência crescente.