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Proibição de alunos com cabelo crespo de assistir às aulas gera debates na Centralidade do Kilamba

 Proibição de alunos com cabelo crespo de assistir às aulas gera debates na Centralidade do Kilamba

Os encarregados de educação da Centralidade do Kilamba estão preocupados com Directores das Escolas do território que proibem a presença de alunos que se apresentam com cabelo grande nas salas de aulas.

Falando aos jornalistas do KILAMBA 24 HORAS, o morador Mateus Domingos diz que “alguns ainda não perceberam que o aprendizado não tem nada relacionado com o tamanho do cabelo ou o tipo de corte que se usa”, ressaltando que” infelizmente ainda pensamos que o porte aspecto é o mais importante para melhor aprender.

Já a encarregada Dília Maria, que tem dois filhos a estudar em escolas da Centralidade do Kilamba, sublinha que esta decisão dos Directores de escola é boa, visto que assim ” chegamos a ter homens e mulheres que não conhecem mais suas identidades porque os marcos da educação são constantemente minorizados. Agora homem quer por saia porque inclusive não sabe se acordou homem hoje ou mulher”.

“Penso que devemos ter cuidado com o legalismo do ocidente. Vejam onde está sociedade chegou. Aprendam com os outros. Daqui a pouco vamos de cueca na escola porque não há relação nenhuma entre aprender e estar de cueca na sala”, continuou o morador.

De informar que muito recentemente, surgiu nas redes sociais relatos de mães denunciando que os seus filhos estão a ser proibidos de entrar na sala por estarem com o chamado crespo.

Em entrevista a nossa redacção, o jurista e docente universitário Domingos das Neves lamenta que o gosto dos dirigentes escolares de inventar problemas, porque no seu ponto de “o ministério da educação está mais preocupado com o cabelo dos miúdos do que com a inovação dos métodos de assimilação de conteúdos nas escolas. Esses dirigentes escolares inventam problemas de cabelo dos miúdos para justificar as próprias incompetências profissionais”.