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Jogadoras pedem mais valorização da modalidade

 Jogadoras pedem mais valorização da modalidade

As atletas de andebol admitiram, após a disputa da 43ª edição do Campeonato Nacional sénior feminino, decorrido na cidade do Lubango, Huíla, que a modalidade está a perder a mística e precisa de ser mais valorizada no país, para alcançar melhores resultados além-fronteira.

Wuta Dombaxe, do 1º de Agosto, disse que a falta de patrocínios condiciona que o andebol seja praticado noutras províncias e com isso está impedida de obter avanços satisfatórios, noticiou a Angop, na edição de sábado.

A internacional angolana declarou que a modalidade ao longo dos anos foi um pouco marginalizada e elogiou a iniciativa de realizar o campeonato fora de Luanda, pois, vai permitir descobrir novos talentos.

“Estamos a perder um pouco a mística do nosso andebol, precisamos de apostar mais, confiar mais e dar valor às atletas, para que Angola tenha mais andebolista a actuar no estrangeiro, para agregar experiência à Selecção Nacional”, manifestou.

Por sua vez, Natália Kamalandua, do Petro de Luanda, considerada Jogadora Mais Valiosa, MVP da prova, disse que o andebol é valorizado a nível nacional, mas precisa-se fazer mais, para que continue a ter mais qualidade.

A respeito do campeonato, a jogadora declarou ter sido uma boa prova, atendendo o nível de disputa das equipas, o que gerou equilíbrio.

“A prestação foi boa e as equipas devem continuar a trabalhar para dignificar a modalidade”, salientou.

Malongo Cauta, da nova geração e atleta do Sporting de Moçâmedes, melhor marcadora do Campeonato com 36 golos, frisou que espera mais empenho de sua parte e das colegas, a fim de continuar a elevar a modalidade.

A jogadora, de 21 anos, referiu que o objectivo agora passa por trabalhar mais para integrar a Selecção Nacional.

Federação enaltece qualidade da prova

A vice-presidente da Federação Angolana de Andebol (FAAND), Nair Almeida, destacou que a prova teve boas partidas e espera que se mantenha em eventos subsequentes.

A dirigente elogiou o desempenho do governo da província em tornar o campeonato um êxito em termos organizativos.

“Com o nosso programa anual, temos realizado periodicamente todos os campeonatos que nos foi possível organizar e neste quesito estamos no bom caminho”, avançou.

O Campeonato decorreu de 16 a 23 do mês em curso, na cidade do Lubango, contou com a participação de 11 equipas em representação de cinco províncias, incluindo a anfitriã, Huíla, que ocupou a última posição na tabela classificativa.

É a segunda vez que a Huíla albergou o Campeonato Nacional sénior feminino de andebol, depois de o ter feito nos anos 90. A formação da Educação de Benguela conquistou o primeiro título da história, seguida pelo Ferroviário de Luanda, que ganhou nove títulos consecutivos.

Junta-se ao grosso de conquistas o 1º de Agosto, com oito, e o ASA, com apenas um título. O Petro de Luanda é o papão com 24 troféus de campeão nacional.