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Idosa brasileira ultrapassa 20 mil viagens realizadas como condutora da Uber

 Idosa brasileira ultrapassa 20 mil viagens realizadas como condutora da Uber

Desde os 20 anos que Maria Albina Oliveira da Cruz, prestes a fazer 75 anos, conduz. Contudo, trabalha há quatro anos como motorista da Uber, tenho já atingido a marca das 20 mil viagens realizadas em Santos, no litoral de São Paulo.

“Enquanto eu estiver viva e tiver saúde vou continuar a conduzir. Se der, vou até aos 80 anos”, confessou, em declarações ao g1.

Isto porque, segundo a antiga consultora imobiliária e costureira, “não é o dinheiro” que a prende.

“Adoro ir para lá e para cá, ir e voltar com o passageiro. Quando eles perguntam por que estou a trabalhar com essa idade, digo que estou a passear. A primeira coisa que perguntam é a idade mas, para mim, ser motorista é uma terapia”, assegurou.

Com três filhos, sete netos e uma bisneta, a chamada ‘vovó da Uber’ trabalha entre sete a oito horas por dia, fazendo cerca de 20 a 25 viagens. Diz inclusivamente ter-se tornado conselheira amorosa, uma vez que consegue acalmar os passageiros que partilham consigo os seus devaneios amorosos.

“As histórias são sempre as mesmas: É a moça que chora porque brigou com o namorado, o moço que chora porque brigou com a namorada. Estão chateados e começam a contar. Às vezes, vejo que a pessoa está triste e digo para não ficar assim, não ficar triste. Aí elas começam a contar. Digo para não ficar triste, porque não foi ela que perdeu. Digo que pode acontecer com qualquer um”, explicou.

O melhor horário para conduzir é, a seu ver, a hora de ponta, apesar de alguns “malucos com pressa” a maltratarem por ir devagar. Mas nem isso a demove.

“Todos os dias de manhã pego no meu tercinho e agradeço a Deus por mais um dia de trabalho, agradeço a Deus todos os dias pela saúde e disposição”, confessou.

A mulher, que normalmente não folga, aproveitou o final do ano para descansar durante uma semana, e passar as festividades com a família. Disse, contudo, que já estava “a dar em doida” por não trabalhar.

“Fiz as coisas de Natal, e a minha filha disse: Deixa, que segunda-feira a senhora fica boazinha, é só ir para a rua fazer viagens”, contou.