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ChatGPT também tem um “lado negro” que está a preocupar os especialistas em cibersegurança

 ChatGPT também tem um “lado negro” que está a preocupar os especialistas em cibersegurança

O potencial do ChatGPT para a criação de emails de phishing, assim como de novos tipos de malware e de ameaças e ataques mais sofisticados é cada vez mais uma preocupação para os especialistas da área de cibersegurança.

Em menos de uma semana após o lançamento, ainda em versão beta, em novembro do ano passado, o ChatGPT conquistou um milhão de utilizadores. Desde então,a popularidade do chatbot da OpenAI cresceu exponencialmente.

Além de despertar o interesse e investimento da Microsoft e de levar “rivais” como a Google a criarem soluções para competirem o mais rapidamente possível com o chatbot, o ChatGPT também tem um “lado negro” e crescem as precupações acerca do impacto que pode ter no mundo da cibersegurança.

De acordo com dados de um recente estudo da BlackBerry, onde foram inquiridos 1.500 profissionais de TI e cibersegurança vindos dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, 51% dos participantes acreditam que o ChatGPT poderá ser utilizado em ciberataques nos próximos 12 meses.

O valor sobe para 78% no que toca ao uso do chatbot em ataques ao longo dos próximos dois anos. O estudo realça que 71% dos profissionais entrevistados acreditam que cibercriminosos apoiados por Estados-Nação estão já a utilizar o chatbot da OpenAI para fins maliciosos.

A criação de emails de phishing mais “credíveis” através do ChatGPT (53%); a utilização por hackers menos experientes para adquirirem competências (49%); a disseminação de informação falsa (49%); a criação de novo malware (48%) e de ataques e ameaças mais sofisticadas (46%) estão entre as principais preocupações dos especialistas.

As preocupações são também espelhadas pelos especialistas da ESET que realçam que a crescente popularidade de chatbots como o ChatGPT “assinala a entrada numa nova fase de ciberameaças cada vez mais difíceis de detetar sem tecnologias de neutralização”.