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Sonangol inicia oposição ao arresto de aeronave

 Sonangol inicia oposição ao arresto de aeronave

A Sonangol emitiu, quinta-feira(19) comunicados a anunciar démarches de oposição à providência cautelar que levou ao arresto de um avião AirBus A319 no Porto, em Porugal, em 2020, e a declarar esgotadas as possibilidades legais para atender à reclamação de compensações que considera “descabidas”, apresentadas por trabalhadores de unidades industriais privatizadas na Zona Económica Especial (ZEE).

A companhia declarou, em comunicado enviado, ontem, à nossa Redacção, ter tido notificação legal tardia do arresto de um avião AirBus A319 no Porto, Portugal, anunciando o início de acções de oposição para reverter a decisão das autoridades judiciais portuguesas.

O documento afirma que a notificação da providência cautelar de arresto interposta pela White Airways de, a reclamar dívida pendente da Sonangol,  ocorreu a 26 de Abril último, dando lugar à apresentação de uma oposição da companhia angolana, que aguarda pela evolução do processo.

Antes, insiste a companhia estatal angolana, desconhecia-se qualquer notificação formal do arresto relacionado com a execução de contratos designados de “Aluger de Aeronave e Gestão Operacional de Aeronave”, celebrados com a White Airways, em 2009, e rescindidos por mútuo acordo, em 2019, “por se revelarem desvantajosos económica e financeiramente para a SonAir”.

 Denúncia de chantagem

Num outro comunicado, a Sonangol afirma não haverem mais possibilidades para atender a reivindicações remuneratórias de trabalhadores desvinculados, depois de 2018, de fábricas instaladas na ZEE, quando aquelas unidades foram privatizadas.

A companhia declara que, apesar de nunca terem tido vínculos directos com Sonangol Investimentos Industriais (SIIND), estando, antes, ligados às fábricas nas que estavam empregados, os trabalhadores receberam, até à data, 17.200 milhões de kwanzas em compensações de termo de contrato de trabalho e retroactivos salariais, incluindo correcções cambiais.

O comunicado em que estas questões são afloradas denuncia uma tentativa de novas exigências, as quais considera “chantagem”, supostamente instigadas pelo sindicato a que os trabalhadores estão filiados, o Sindetraindcosl, relativas à manutenção de privilégios salariais por um grupo desvinculado na segunda vaga de privatizações.

O documento denuncia ameaças e calúnias contra gestores e trabalhadores da Sonangol, bem como da retomada de manifestações diante da sede da companhia, a partir de ontem.

O comunicado da Sonangol declara que essas acções contrariam os acordos estabelecidos durate as negociações entre as partes e que a companhia ”nega-se a aceitar chantagens de sindicatos e indivíduos que pretendem se aproveitar da situação para obter dividendos”.