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Mais de 600 cidadãos estrangeiros obtiveram a nacionalidade angolana

 Mais de 600 cidadãos estrangeiros obtiveram a nacionalidade angolana

Mais de 600 cidadãos estrangeiros, de várias nacionalidades, obtiveram a nacionalidade angolana, entre o período de 2017 a Março do ano em curso.

A informação foi avançada pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, durante a cerimónia de juramento à pátria de 13  requerentes de nacionalidade por naturalização, que teve lugar, ontem, nas instalações do Ministério.

Ao se dirigir aos requerentes, o ministro Francisco Queiroz sublinhou que “agora fazem parte da grande família angolana e vêm juntar-se aos mais de 600 cidadãos que durante esta legislatura obtiveram a nacionalidade angolana por naturalização ou casamento”. O ministro alertou os requerentes a terem em conta os princípios e as regras da Constituição da República de Angola, assim como das leis vigentes no país, por se tratar dos parâmetros e “balizas” do comportamento de todos os angolanos.

“Esperamos, em nome do Executivo, que continuem a contribuir com o vosso esfor-ço para o progresso e desenvolvimento económico e social do país, através do vosso trabalho, da criação de riqueza e postos de em-prego para os nossos irmãos angolanos”, realçou.

Francisco Queiroz pediu aos “requerentes” a se manterem fiéis ao juramento prestado à pátria. Este, prosseguiu, é um acto público, mas também de consciência, de moral e de vinculação aos princípios à vossa vontade de se assumirem como angolanos. O ministro da Justiça e Direitos Humanos, Francisco Queiroz, referiu estar certo que o país vai sair beneficiado com mais estes novos irmãos angolanos, que acabam de se juntar à família. Para António Manuel Pereira, de origem são- tomense e residente em Angola há mais de 10 anos, o facto de ter se identificado com o país, os costumes e as tradições, o levaram a requerer a nacionalidade angolana.

” Vivo em Angola, e quero viver de forma igual aos angolanos de pleno direito, por isso, tenho plena consciência do que é ter a responsabilidade de assumir a nacionalidade angolana, sublinhou Pereira, fazendo saber: “Tenho os filhos todos cá, portanto criados e educados com os costumes e valores angolanos, tudo porque me sinto bem em Angola”.

Felícia Fraga, apesar de viver em Angola há 33 anos e de ser casada com um angolano, entendeu pedir a nacionalidade apenas no ano passado. “Não foi pelo casamento nem pelos meus filhos serem angolanos, mas sim por causa do tempo que vivo em Angola”, realçou.

Acrescenta: “Decidi apenas no ano passado, porque tenho cá a vida consolidada. Depois, veio a pandemia, as coisas complicaram-se, foi então que optamos por nunca sairmos mais daqui, toda a família, que, neste momento,  conta com a netinha”. Nascida em Lisboa e a trabalhar como empresária no sector da Energia, Felícia Fraga tem contribuído para o desenvolvimento do país, através da sua empresa que conta com mais de 300 trabalhadores. A obtenção da nacionalidade, fez saber, não foi um processo difícil.

Para Paulo Cunha, em Angola há 16 anos, o momento de ontem foi o culminar de integração cultural. “Senti que esse era o passo de integração pessoal e o orgulho de ser angolano, tão desejado, enfim, de estar neste país que tanto me ensinou a ser feliz, sem mais limitações”.

Ao contrário de outros testemunhos, Cunha diz que foi um processo demorado, tendo em conta que fez a solicitação, há pouco mais de cinco anos.