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Cidadã paga indemnização por agredir uma professora na Centralidade do Kilamba

 Cidadã paga indemnização por agredir uma professora na Centralidade do Kilamba

O Tribunal do Benfica condenou a cidadã Catarina Ambriz, de 57 anos, ao pagamento de uma indemnização de um milhão e 100 mil kwanzas, por, em companhia de mais três familiares, ter agredido a professora Chimene Muteba, docente numa das escolas da Centralidade do Kilamba.

De acordo com explicações do director interino da escola, Moisés Baptista, que acompanhou o julgamento, Catarina Ambriz vai pagar, ainda, 700 mil kwanzas de taxa de justiça e 400 mil aos advogados, tendo dois meses para pagar a multa sob o risco de cumprir pena de prisão.

O director disse que pela forma agressiva e humilhante como a professora foi agredida, em plena escola, a pena aplicada seria de pelo menos três meses de prisão efectiva, porém, reconheceu a forma pedagógica como o juiz chamou à razão da condenada.

 A professora, contou, foi agredida fisicamente por quatro pessoas e deixada semi-nua, pelo facto de ter chamado a razão um aluno de 13 anos, que estava a fazer barulho. O caso ocorreu numa das escolas públicas da Centralidade do Kilamba, onde o referido aluno acabou por desafiar a professora, partindo uma carteira e fazendo gestos inapropriados, situação que levou a professora a convocar a encarregada de educação.

Após o acto, Chimene Muteba pediu ao aluno que trouxesse o encarregado de educação. Porém, este explicou à avó que foi à escola com mais três familiares e agrediram fisicamente a docente. Para a professora o facto foi insólito, pois na sala de aula havia outros alunos, mas somente um foi capaz de a desobedecer. “Esperava até por um pedido de desculpas”, lamentou.

Agressoras em fuga

Moisés Baptista explicou que depois da agressão, a direcção da escola chamou a Polícia Nacional e os efectivos detiveram, de imediato, as agressoras. “Quando a direcção da escola confirmou junto da esquadra a detenção das acusadas, somente encontraram a avó. As outras três acusadas já não estavam na esquadra”.

O director informou ainda que uma das acusadas em fuga foi a primeira a desferir uma bofetada na professora. “Depois, todas partiram para agressão. É preciso que situações do género sejam evitadas, para que, no futuro, os encarregados de educação não voltem a ter atitudes negativas.

Muitos frequentam pouco a escola e não sabem do comportamento dos menores. Geralmente, aparecem no final do ano para saber o resultado final”, criticou.

Corporação está à procura das três foragidas

A Polícia Nacional está a fazer diligências para proceder à detenção das outras três acusadas, familiares de Catarina Ambriz, que participaram na agressão à professora. As três jovens, de acordo com o porta-voz da instituição, Nestor Goubel, estavam sob alçada policial e aproveitaram o facto de receberem tratamento médico numa unidade hospitalar para se colocaram em fuga.

“Este é o motivo da ausência delas na audiência de julgamento”, explicou, além de esclarecer que foi um caso de ofensas graves à integridade física. “A vítima, Chimene Muteba, foi exposta ao ridículo na escola e humilhada publicamente”.

Nestor Goubel afirmou que reprova a atitude dos familiares. A corporação, garantiu, vai fazer todos os esforços para localizar as acusadas e as apresentar ao Ministério Público para realização do julgamento pelo crime de ofensa à integridade física.