Técnicos de saúde de Belas formados em matérias de gestão de resíduos hospitalares
Moçambique. Niassa precisa de tendas para albergar escolas
Ao todo, há 852 alunos provenientes de vários povoados remotos juntamente com a população que, assustada, saiu de zonas atacadas nos últimos meses de 2021.
Naulala, Macalangem, Lichengue, Nampequesso, Mtimbo e Cuchiranga são algumas dessas localidades.
Os grupos armados vandalizaram sete estabelecimentos escolares e um bloco administrativo.
Além de espaços criados em tendas, Mitimbo referiu que alguns alunos serão acolhidos em salas da escola primária completa 16 de junho, em Mecula.
Entretanto, o conselho dos serviços de representação do Estado no distrito, em coordenação com parceiros, está a trabalhar com vista à construção de salas convencionais para as crianças na situação de deslocados.
No norte de Moçambique, ataques armados que há quatro anos afetam a província de Cabo Delgado chegaram em dezembro à província vizinha do Niassa.
Ataques esporádicos a pontos recônditos provocaram a fuga de cerca de 3.000 pessoas e a morte de, pelo menos, outras cinco.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.
Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, mas os confrontos continuam em vários pontos do norte de Moçambique.