Automobilistas da Centralidade do Kilamba consideram alto valor estipulado para as novas matrículas

Os automobilistas da Centralidade do Kilamba, ouvidos pelo KILAMBA 24 HORAS,  aplaudiram a medida do Governo sobre a implementação das novas chapas de matrículas em viaturas, que começam a ser aplicadas no inicío do mês de Janeiro, mas consideraram alto o preço estipulado para aquisição das mesmas.

A Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária da Polícia Nacional anunciou que para a aquisição das novas chapadas de matrículas será cobrado uma taxa no valor de 50 mil kwanzas, um preço que é questionado pelos automobilistas.

O JA Online apurou que os condutores consideraram boa a medida, tendo em conta que vai facilitar na identificação do proprietário da viatura, diminuindo assim o número de furtos de automóveis, bem como outros crimes registados na via pública.

“É uma medida boa, uma vez que vai facilitar a identificação dos proprietários das viaturas com maior eficiência e também eficácia. Pela primeira vez, teremos a nossa bandeira estampada nas nossas matrículas e em qualquer lugar que alguém vir a nossa matrícula saberá que pertence ao nosso país, então é também um aspecto positivo”, considerou um dos entrevistados, Adalberto Neto.

“Relativamente ao valor estipulado, acho um pouco alto tendo em conta a questão do salário mínimo nacional. Fica muito dispendioso pagar 50 mil kwanzas”, acrescentou.

Por outro lado, não é o único condutor a possuir a mesma opinião quanto ao valor das novas matrículas. Para Nelson Sebastião, esta medida “já devia ter sido implementada há muito tempo, porque se tem notado que há muita gente que faz a sua chapa de matrícula em qualquer esquina, e que muitas vezes não se entende os números de identificação das chapas de matrículas”.

Valor é estipulado pelas empresas

Segundo o director adjunto de Comunicação Institucional e Imprensa da Polícia Nacional, subcomissário Mateus Rodrigues, as taxas a serem pagas para aquisição das novas chapas de matrículas foram estipuladas pelas empresas que vão produzi-las, e não propriamente um valor orientado pelo Governo.

“É um conjunto de empresas que vão importar e aplicar as matrículas. A responsabilidade directa do Estado é dar a atribuição do alfanumérico (número da matrícula) e da fiscalização da implementação daquilo que são os valores constantes no Decreto Presidencial”, frisou à rádio LAC.

Apesar de já estar a circular o valor da taxa em muitos órgãos de comunicação  e redes sociais, Mateus Rodrigues reitera, igualmente, que não é ainda um valor definitivo, mas, no entanto, não nega a possibilidade de ser este o valor pelos motivos acima explicados.

“A informação que podemos passar é que até à última informação que recebemos é que o valor vai rondar os 50 mil kwanzas, mas, como bem disse, são questões de mercados, são questões relativas às empresas que estão nesse processo. Então não temos muita precisão em falar os preços das chapas”, concluiu.