Os moradores da Centralidade do Kilamba manifestaram-se insatisfeitos com o encurtamento das rotas pelos taxistas para obterem maior facturação.
Para muitos dos moradores ouvidos pelos jornalistas do KILAMBA 24 HORAS, a escassez de transportes públicos, para dar resposta à demanda de funcionários públicos e privados, sobretudo nas primeiras horas do dia, contribui para o encurtamento das rotas e o aumento do preço da corrida, que passa de 200 para 300 kwanzas. Manuel João lamentou o facto de ser obrigado a gastar até 800 kwanzas, quando em condições normais seriam 400 kwanzas, para chegar ao local de trabalho. “Actualmente, os taxistas só fazem linhas curtas e por isso sou obrigado a apanhar até quatro táxis, para poder cumprir com a jornada laboral”, protestou.
Apesar da equipa de reportagem ter constatado a veracidade da reclamação dos utentes, vários taxistas negaram o facto.
Paixão Jesus, um dos taxistas, explicou que raramente faz linhas curtas, devido à fiscalização dos agentes da Polícia Nacional, porém não vê alternativa quando a procura supera a oferta. “É o mercado a regular os preços. Além disso, os patrões estão a pedir 40 mil kwanzas por dia, diferente dos anteriores 25 mil”, disse.
Solução
O director de Tráfego e Mobilidade Urbana do Governo Provincial de Luanda, Sérgio Saxicuata, garantiu que está em curso um trabalho com as associações de taxistas e a Polícia Nacional, no sentido de se encontrar uma solução para o problema. “Temos recebido muitas queixas da população em relação ao encurtamento das rotas. Mas já tivemos garantias dos associados de que nos próximos meses a situação vai ser resolvida”, disse.
Sensibilização contínua
O responsável da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Francisco Paciente, assegurou a sensibilização contínua dos associados, para um trabalho harmonioso entre os taxistas e os utentes.
“Estamos a pressionar os associados para evitarem fazer rotas curtas, assim como realizar campanhas de consciencialização para que os taxistas entendam a importância do cumprimento escrupuloso das rotas estipuladas e evitar a subida do preço da corrida”, garantiu.
Francisco Paciente reiterou o compromisso da Associação em promover a segurança e a eficiência no transporte, augurando que as novas medidas propos-tas aliviem os problemas enfrentados pelos usuários de táxis da capital do país.
