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Petro cimenta a liderança com goleada ao Kabuscorp
Com golos de Tiago Azulão (duas vezes), Erico e Buchinho (na própria baliza), o Petro de Luanda goleou, terça-feira (25) no Estádio Nacional 11 de Novembro, em Luanda, o Kabuscorp do Palanca, por 4-1, em jogo da vigésima jornada do Girabola e cimentou a liderança isolada, com 41 pontos.
Longe de igualar os níveis de disputa de outros tempos, o confronto entre tricolores e palanquinos teve períodos de mau futebol, que contribuiu para a pobreza do espectáculo, sem adeptos nas bancadas, por força do último Decreto Presidencial sobre a pandemia.
A verdade é que o Petro entrou com tudo, dispôs de maior posse de bola e gozou de domínio territorial nos primeiros cinco minutos. O facto é que o Kabuscorp entrou para o jogo a “dormir” e quando despertou do começo de jogo sonolento já perdia por 1-0, fruto do golo rubricado por Tiago Azulão, aos sete minutos. A perder, os palanquinos, sentiram a necessidade de reagir em conformidade. Com Doutor Lami a servir de principal “municiador” do caudal ofensivo da equipa, o Kabuscorp cresceu no jogo e teve força colectiva para correr atrás da igualdade.
Nessa altura, era evidente a clareza do conjunto às ordens de Marcos Chivinda na construção do bloco ofensivo, para descobrir as principais vias de acesso à baliza de Wellington. Foi o que se viu aos 26 minutos, com Cuxixima a bater o guarda-redes do Petro, numa jogada de belo efeito. Estava restabelecida a igualdade. Após o golo do Kabuscorp, chegou a pensar-se numa reviravolta dos palanquinos, sobretudo em termos de exibição e posse de bola. Mas, debalde. O Petro estava muito bem na organização do seu jogo defensivo; sabia tapar os caminhos às jogadas criativas de Lami, pela esquerda, e de Dax pela direita; deixava Cuxixima perdido no ataque e sedento de bolas que lhe pudessem chegar aos pés para tentar acertar as redes.
Como se não bastasse a ausência de soluções para furar a defesa adversária, o Kabuscorp viu ainda, aos 31 minutos, o central Buchinho fazer um auto-golo.
Com 2-1 no resultado, voltou a pertencer ao Petro o domínio territorial da contenda. O Kabuscorp revelava já, antes do intervalo, ser uma equipa em grande esforço, muito espremida e a precisar de mais dois ou três jogadores fundamentais para os sectores da estratégia ofensiva.
Na segunda parte, a exibição do Petro foi um paradigma daquela que tinha produzido na etapa inicial. Ou seja, continuou a ter maior posse de bola, criar maiores ocasiões de golo e a sujeitar o Kabuscorp a intensos períodos de calafrios na sua defesa.
A ousadia que tiveram os palanquinos em jogar aberto com os tricolores pode ter custado demasiado caro. Quando, aos 50 minutos, Tiago Azulão bisou de penalti, de falta de Buchinho (viveu o dia das bruxas) sobre Jaredi, na área, começou a estar desenhada a vitória da turma de Alexandre Santos.
Enquanto isso, por banda do Kabuscorp, escasseavam soluções ao jogo ofensivo. Nem Lami e muito menos Dax foram capazes de soltar o futebol mágico e criativo que neles habita (ou habitava?), assente na organização do jogo da equipa com “régua e esquadro”. A dada altura, os jogadores do Kabuscorp pareciam sentir a enorme pressão do jogo, com passes a saírem extraviados e a incapacidade de o meio-campo ganhar as segundas bolas.
E como quem não marca sofre, aos 61 minutos, o Petro deu aos números de golos sentido de goleada, ao marcar pela quarta vez, desta feita por Erico, de cabeça.
Embora o Kabuscorp tivesse procurado sobre todas as formas buscar soluções e forças onde quase já não haviam, pouco ou quase nada pôde fazer para “dar a volta ao texto”. Faltava ao conjunto do Palanca intensidade nas jogadas, pressão alta sobre o último reduto do adversário e melhor proveito das raras oportunidades de golo que dispôs.
A única nota positiva pende sob a capacidade que teve a defesa dos palanquinos, em não encaixar mais aos quatro já coleccionados, porque os tricolores ainda deram-se ao luxo de desperdiçar uma “mão-cheia” de ocasiões para marcar.