Técnicos de saúde de Belas formados em matérias de gestão de resíduos hospitalares
Moradores exigem mais apoio ao Centro de Saúde do Kilamba

A população da Centralidade do Kilamba lançou um apelo público à Administração Municipal do Kilamba e ao Governo Provincial de Luanda, pedindo maior apoio e investimento no Centro de Saúde local, que tem enfrentado dificuldades para responder à crescente procura por atendimentos médicos.
O Centro de Saúde do Kilamba é a única unidade sanitária de proximidade para milhares de moradores da centralidade e zonas adjacentes, como Zango 8000, 5 Fios e Bita Tanque. No entanto, os utentes denunciam falta de medicamentos, poucos profissionais, longas filas de espera e carência de equipamentos básicos.
“O atendimento até é bom, mas os enfermeiros não conseguem dar conta da quantidade de pessoas. Falta pessoal e estrutura. Precisamos de mais apoio urgente”, disse Sr. Manuel António, morador do bloco C.
Para Dona Cecília Matias, que levou o filho para uma consulta pediátrica esta semana, a situação “é desesperadora”:
“Os técnicos de saúde fazem o que podem, mas estão sobrecarregados. Já não há espaço, faltam até camas para observação. Se o Governo não reforçar, a situação vai piorar.”
Outros moradores apelam à reabilitação e ampliação do centro, bem como à instalação de um laboratório clínico próprio e de uma farmácia comunitária dentro da unidade, o que evitaria deslocações para zonas mais distantes.
“Não se justifica que com toda a população que temos aqui, o nosso centro de saúde ainda funcione com limitações graves. Precisamos de um posto reforçado, com urgência médica, especialidades e mais medicamentos,” acrescentou Francisco Mulanda, jovem residente no Kilamba.
A Administração Municipal do Kilamba, que tem feito várias campanhas de saúde pública em parceria com igrejas e ONG’s para prevenção da cólera e outras doenças, é agora chamada a garantir um suporte mais robusto e permanente à única unidade sanitária fixa da Centralidade.
Os moradores sugerem ainda a criação de postos móveis de saúde nos bairros periféricos, e a integração de voluntários da área da saúde para ajudar nos momentos de maior fluxo.
“Queremos que o Kilamba tenha uma saúde pública de qualidade, que atenda às nossas famílias com dignidade. Já passou da hora de olhar com mais seriedade para o nosso centro de saúde,” concluiu um grupo de jovens durante uma pequena vigília simbólica à porta da unidade.