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Moradores do Bela Vista denunciam supostos técnicos da ENDE a fazerem ligações clandestinas

 Moradores do Bela Vista denunciam supostos técnicos da ENDE a fazerem ligações clandestinas

Moradores do bairro Bela Vista, na zona da Paragem Obrigatória, manifestaram-se preocupados com a presença de indivíduos estranhos que alegam representar a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE), mas que estariam a realizar supostas ligações clandestinas mediante o pagamento de valores avultados.

A denúncia surgiu num grupo comunitário, onde um dos residentes relatou ter observado actividades suspeitas por parte de homens não identificados, que estariam a circular pelo bairro com o pretexto de supervisionar cabos eléctricos. Segundo o morador, os indivíduos estariam a cobrar até 60 mil kwanzas por ligações alegadamente “clandestinas”, comprometendo ainda mais a já instável rede eléctrica da zona.

“Tenho visto algumas pessoas estranhas a girarem aqui no nosso bairro, se intitulando como técnicos da ENDE. E o mais estranho é que têm estado a cobrar dinheiro e fazer ligações clandestinas. A nossa corrente que já é fraca, está cada vez pior”, escreveu o denunciante.

Outro morador confirmou a informação, relatando que chegou a abordar os indivíduos no último sábado. “Disseram que estavam a supervisionar os cabos da EletroLuís e que eram eles que estavam a cuidar. Falaram que iriam substituir os postos, mas pediam 60 mil kwanzas pelo serviço”, contou, ainda sem saber se os supostos técnicos tinham legitimidade para realizar tais actividades.

A comunidade, que há meses enfrenta problemas recorrentes com cortes e baixa tensão eléctrica, mostra-se agora preocupada com o possível agravamento da situação devido a intervenções não autorizadas, que colocam em risco a segurança das famílias e a integridade das infraestruturas.

Os moradores apelam à Administração local e à própria ENDE para se pronunciarem sobre o caso, averiguarem a veracidade das informações e reforçarem a fiscalização no bairro, de modo a proteger a população contra possíveis burlas e práticas ilegais.

A ausência de comunicação clara por parte da empresa tem alimentado a desconfiança e facilitado a acção de indivíduos que, aproveitando-se da fragilidade da situação, continuam a lucrar à custa da necessidade dos moradores.