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Moradores denunciam má qualidade de energia eléctrica em Ramiros, Kilamba, Savelha e Lagoa

 Moradores denunciam má qualidade de energia eléctrica em Ramiros, Kilamba, Savelha e Lagoa

A má prestação de serviço de energia eléctrica em zonas como Ramiros, Kilamba, Savelha e Lagoa voltou a ser motivo de forte preocupação e desabafo por parte dos moradores, que acusam os Postos de Transformação (PTs) privados de serem os principais responsáveis pela instabilidade e má qualidade da energia fornecida.

Segundo denúncias recolhidas pelo KILAMBA 24 HORAS, a situação torna-se ainda mais revoltante pelo facto de Ramiros possuir uma subestação de energia eléctrica a menos de 7 km das zonas afectadas, o que, na opinião dos moradores, não justifica a contínua dependência de sistemas privados para garantir o fornecimento básico de electricidade.

“Não se entende como é que existe uma subestação de energia tão próxima e, mesmo assim, bairros inteiros ainda estão reféns de PTs privados, que prestam um serviço fraco, com cortes constantes e quedas de tensão que danificam os nossos equipamentos,” afirmou um morador do bairro Savelha.

“À noite, em algumas zonas do Kilamba e da Lagoa, não se consegue ver nada. É como se estivéssemos no interior do mato. Isso é inadmissível numa cidade como Luanda,” acrescentou Dona Alzira, residente na Lagoa.

Os moradores questionam a quem pertencem esses PTs e porque razão não se faz a migração definitiva para um sistema público e centralizado, mais eficiente e controlado pelo Estado. A sensação de abandono e falta de transparência é um sentimento comum.

“É urgente que a ENDE e o Governo Provincial de Luanda nos dêem uma explicação sobre quem controla esses PTs e por que não existe uma política clara para melhorar o fornecimento de energia nas nossas zonas,” declarou um representante comunitário do Kilamba.

As falhas constantes afectam não apenas o conforto e a segurança dos moradores, mas também a actividade comercial e escolar, além de contribuir para um ambiente de insegurança generalizada durante a noite.

Os apelos vão no sentido de um reforço na fiscalização dos PTs privados, um plano concreto para integrar estas zonas na rede pública da subestação de Ramiros e a responsabilização das entidades que continuam a lucrar à custa do sofrimento da população.

O KILAMBA 24 HORAS continuará a seguir este caso, ouvindo as partes envolvidas e exigindo respostas em nome da população.