A Justiça britânica vai examinar, na quinta-feira, o recurso dos EUA contra a recusa de extraditar o fundador do Wikileaks, Julian Assange, processado pela divulgação de documentos confidenciais.
Em Janeiro, a juíza britânica Vanessa Baraitser rejeitou o pedido de extradição devido ao risco de suicídio do australiano, de 50 anos, que enfrenta 175 anos de prisão nos Estados Unidos, num caso que os seus defensores classificam como “político” e um “atentado à liberdade de expressão”.
Os EUA recorreram desta decisão, questionando a fiabilidade do médico que testemunhou a favor de Assange e da sua frágil saúde mental.
O psiquiatra Michael Kopelman tinha admitido ter enganado a justiça, “ocultando” o facto de que o seu cliente se tinha tornado pai enquanto estava refugiado na Embaixada do Equador em Londres.
O recurso, que deve decorrer em dois dias, é uma das últimas armas de Washington, que, em caso de nova derrota, só terá a possibilidade de recorrer para o Supremo Tribunal britânico.
