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Hélio Aragão considera dirigir KILAMBA um trabalho desafiante e inclusivo

 Hélio Aragão considera dirigir KILAMBA um trabalho desafiante e inclusivo

Cinco meses depois de assumir o cargo de administrador, Hélio Aragão disse que durante este tempo foi feito um trabalho de adaptação com os colaboradores directos da centralidade, através de visitas intensas de campo por toda a cidade, inclusive aos bairros adjacentes.

O administrador considera que a Centralidade do Kilamba é um território desafiante e inclusivo, com diversos sectores sociais de olhos postos ao futuro. “Encontrámos um local com características diferentes da sua con-

cepção, mas tudo faremos para preservar a sua identidade. Lançámos a operação Kilamba Organizado, para pôr ordem em algumas áreas que estão fora do contexto”, garantiu.

Hélio Aragão realçou que o bairro Bita Cinco Fios foi apadrinhado, recentemente, pela cantora Ary, que tem a missão de acompanhar o desenvolvimento das condições sociais, pelo facto de ser uma zona nova e sem infra-estruturas básicas.

Esclareceu que o bairro cresceu numa zona reservada, onde ia ser erguida a zona II do Kilamba, mas infelizmente, foi invadida pelos cidadãos e já vivem nele cerca de 18 mil famílias.

“Este diagnóstico foi possível, depois de um trabalho árduo que realizámos a pé, com chuva ou sol, sem parar, em conjunto com os administradores locais, Polícia Nacional e outros organismos, com objectivo de perceber os problemas reais e aqueles que devem ser resolvidos urgentemente”, disse.

O governante assumiu que a sua missão é voltar a fazer do Kilamba um bom lugar para se viver, que consiste em cuidar dos munícipes, devolver as zonas verdes, que antes ocupava 75 por cento do território, mas infelizmente foi-se degradando com o descuido.

Sublinhou ser também necessário devolver a iluminação pública, as áreas de lazer, tornando a cidade cada vez mais num local de família, desporto e ambiente.

Em relação às novas infra-estruturas habitacionais e não só, o administrador esclareceu que são da responsabilidade da Gestão do Terrenos Infra-estruturados (GTI), por isso, cabe à instituição dar os melhores pormenores destes projectos. “Sabemos que a situação tem sido uma preocupação dos munícipes, pelo facto de muitos espaços verdes estarem ocupados, com edificações de supermercados e lojas, mas não é da nossa responsabilidade”, justificou.

Hélio Aragão reconheceu que a administração vive vários constrangimentos por causa da autonomia da GTI, por ser um órgão do Ministério do Urbanismo e Construção, que, por sinal, é o dono das centralidades do país.

O administrador salientou que o Kilamba tem mais de 700 edifícios e 25.000 apartamentos, por isso, não é compatível para ser um distrito, mas sim município. “Com a nova divisão administrativa, é capaz de ascender à sua real concepção administrativa, porque não temos meios suficientes para administrar. O orçamento tem variado em cerca de 90 milhões de kwanzas anual, o que perfaz oito milhões por mês, para gerir toda infra-estrutura”, revelou.