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Estudante planeava há meses atentado terrorista contra colegas da Universidade de Lisboa
Um estudante de 18 anos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa estaria há meses a planear um atentado terrorista contra colegas.
A Polícia Judiciária anunciou esta quinta-feira ter impedido uma acção que classifica como terrorista. O jovem tinha na sua posse várias armas proibidas e tinha um plano escrito com detalhes sobre o que tencionava fazer aos colegas.
De acordo com a imprensa portuguesa, que cita fontes daquela polícia, o suspeito detido esta quinta-feira de manhã é um aluno português com um perfil discreto e introvertido, que seria um consumidor maciço de informação sobre tiroteios como aqueles que acontecem com frequência em estabelecimentos de ensino nos Estados Unidos.
A PJ acredita que estaria a planear os ataques de forma isolada e encontrou na posse do suspeito armas que seriam utilizadas no ataque: facas, arco e flechas.
Não foram apreendidas armas de fogo. O ataque deveria ocorrer esta sexta-feira (11 de Fevereiro). Sendo menos frequentes, este tipo de atentados não são inéditos.
Em Outubro passado um dinamarquês convertido ao islamismo matou quatro mulheres e um homem na Noruega recorrendo ao mesmo tipo de instrumentos. Neste caso, nada parece indiciar motivações religiosas.
“A investigação foi desencadeada por suspeitas de atentado dirigido a estudantes da Universidade de Lisboa. Face à gravidade das suspeitas, foi atribuída a máxima prioridade à investigação, a qual permitiria, no dia hoje, às primeiras horas do dia, interromper a actividade criminosa em curso”, refere esta polícia em comunicado, explicando que foi detido em flagrante delito, por se encontrar na posse de várias armas proibidas, um jovem de 18 anos de idade.
“Para além de várias armas proibidas, seriam igualmente apreendidos outros artigos susceptíveis de serem usados na prática de crimes violentos, vasta documentação, para além um plano escrito com os detalhes da acção criminal a desencadear”, informa também a Judiciária, que crê estar a lidar com uma pessoa perturbada.
Oriundo da zona de Fátima, o jovem encontrava-se a morar nos Olivais. A Judiciária foi alertada por autoridades estrangeiras que sinalizam conteúdos na dark web e nas redes sociais que possam indicar o planeamento de actos terroristas.
O arguido será amanhã presente a um juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal para primeiro interrogatório judicial. O objectivo é definir as medidas de coacção que serão aplicadas ao jovem.