Cruz Vermelha alerta que a seca e a fome podem piorar em 2023 em África

O presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha, Francesco Rocca, informou, hoje, em Genebra, que 24 países africanos estão em risco de viver uma situação pior, no próximo ano, do que aquela em que se encontram actualmente, a pior em décadas.

“Prevemos que a situação piore em 2023, e temos de agir rapidamente para salvar o maior número de vidas possível”, afirmou o representante máximo da Cruz Vermelha, citado pelo Notícias ao Minuto.

“Se estamos a falar de fome agora, não é por causa da guerra na Ucrânia. Vimos que os indicadores de uma crise alimentar estavam a aparecer em África muito antes deste conflito, embora tenha complicado as coisas e agravado alguns problemas”, realçou o presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Peter Maurer, na mesma conferência de imprensa, feita para esclarecer o problema da fome e escassez alimentar por todo o mundo.

A mesma fonte noticiosa revela que uma em cada três crianças com menos de 5 anos, em solo subsaariano, sofre de desnutrição crónica, duas em cada cinco mulheres grávidas sofre problemas de anemia, fruto da escassez alimentar, fenómeno esse, que pode ser explicado pelo número de pessoas que têm de viver e de sobreviver com menos de 1,90 euros por dia.