Técnicos de saúde de Belas formados em matérias de gestão de resíduos hospitalares
Semana de alto nível da ONU arranca hoje em formato presencial
Entre as figuras políticas aguardadas esta semana em Nova Iorque estão o Presidente norte-americano, Joe Biden, o chefe de Estado do Brasil, Jair Bolsonaro, ou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov.
Apesar de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não deixar o seu país para se deslocar a Nova Iorque, as Nações Unidas autorizaram que faça um discurso pré-gravado na sessão de alto nível, uma exceção à exigência de que todos os líderes falem pessoalmente.
Portugal estará representado pelo primeiro-ministro, António Costa, que se deslocará a Nova Iorque para participar na Assembleia-Geral pela segunda vez desde que é líder do executivo português.
Apesar da tentativa de restabelecer a normalidade pós-pandemia, o funeral da Rainha Isabel II alterou a ordem habitual dos trabalhos, uma vez que vários chefes de Estado e de Governo tiveram de alterar as suas viagens para poderem comparecer às cerimónias fúnebres em Londres e depois deslocarem-se para Nova Iorque.
Um desses casos é o dos Estados Unidos – país anfitrião do evento e que tradicionalmente se apresenta em segundo lugar na abertura do debate da Assembleia-Geral -, mas que só discursará na quarta-feira devido à presença do chefe de Estado, Joe Biden, no funeral da monarca britânica.
Como habitual, será o Brasil a abrir os discursos de alto nível na Assembleia-Geral, através do Presidente, Jair Bolsonaro, na manhã de hoje.
A abertura da 77.ª Assembleia-Geral ocorre num momento em que o planeta é assolado por crises em várias frentes: guerra russa na Ucrânia, as crises alimentar, energética e climática, as tensões entre China e Estados Unidos ou questões nucleares.
Contudo, espera-se que a invasão da Ucrânia seja mesmo o tema dominante, até por ter sido levada a cabo por um membro permanente do Conselho de Segurança, importante órgão da ONU cujo mandato é zelar pela manutenção da paz e da segurança internacional, e que acabou por desencadear uma crise de confiança sobre as próprias Nações Unidas.
“É por isso que a próxima semana é tão crítica. Acreditamos que este é um momento para defender as Nações Unidas e demonstrar ao mundo que ela ainda pode enfrentar os desafios globais mais prementes do mundo”, disse na sexta-feira a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Linda Thomas-Greenfield, apontando como prioridades principais da Assembleia-Geral abordar a insegurança alimentar global, promover a saúde global e “defender a Carta da ONU para moldar o futuro das Nações Unidas”
Nesse sentido, é esperado que os países ocidentais usem esta semana para intensificar as críticas a Moscovo e, por outro lado, que a Rússia ignore as tentativas de isolamento e tente minar a narrativa ocidental sobre a guerra, segundo vários analistas ouvidos pela Lusa.