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Presidente francês acusa Primeiro-Ministro australiano sobre ter mentido

 Presidente francês acusa Primeiro-Ministro australiano sobre ter mentido

French President Emmanuel Macron holds a joint press conference with Canadian Prime Minister Justin Trudeau at Parliament on June 7, 2018 in Ottawa. French President Emmanuel Macron and Canadian Prime Minister Justin Trudeau expressed support for “strong multilateralism” in Ottawa on June 7, 2018 before the G7 summit, where US President Donald Trump’s aggressive trade policies are sure to raise hackles. / AFP PHOTO / ludovic MARIN

O Presidente francês, Emmanuel Macron, acusou este domingo o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, de lhe ter mentido a propósito das negociações secretas entre a Austrália, EUA e Reino Unido sobre venda de submarinos.

Acha que Scott Morrison lhe mentiu“, questionou um jornalista australiano a Macron, à margem da reunião do G20 em Roma.

Eu não acho, eu sei“, respondeu numa resposta filmada o Presidente francês, que já tinha manifestado anteriormente a sua indignação depois da ruptura do acordo entre a França e a Austrália para a venda de 12 submarinos por 55 mil milhões de euros.

Tenho muito respeito pelo seu país e muito respeito e amizade pelo seu povo”, prosseguiu Macron, acrescentando que quando se tem respeito, “tem que ser a dois e comportar-se de acordo com esses valores“.

Emmanuel Macron falou quinta-feira com o primeiro-ministro australiano pela primeira vez desde a crise provocada pelo anúncio, em meados de setembro, de uma nova aliança entre os Estados Unidos, Austrália e Reino Unido, baptizada de Aukus, que torpedeou o mega contrato de submarinos francês.

No encontro, o Presidente francês repetiu que a quebra do contrato “havia rompido a relação de confiança” entre os dois países.

Este conflito também provocou uma crise entre a França e os Estados Unidos.

Durante um encontro na passada sexta-feira com o Presidente norte-americano, Joe Biden, este último, visivelmente desejoso em superar este conflito, não se desculpou, mas admitiu que tinha sido feito de forma “estranha” e “sem muita elegância”.

Disse ainda acreditar que “França foi informada com bastante antecedência de que o contrato não seria celebrado“.