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Palancas Negras apurados para o CHAN da Argélia
Com uma goleada histórica de 4-1, sobre a África do Sul, este domingo, no Dobsonville Stadium, os Palancas Negras carimbaram o passaporte para o CHAN/2023 na Argélia, com um auto-golo de um jogador sul-africano, Gilberto, Jó Paciência e Kinito, respectivamente. No agregado o combinado nacional venceu por 6-1.
A festa produzida pela selecção nacional no final do jogo contrasta com o início trémulo, pois tiveram de fazer uma reviravolta no resultado para garantir a qualificação, depois da última participação em 2018, no Marrocos.
Dispostos a mudar a desvantagem trazida de Luanda, os sul-africanos não perderam tempo e trataram de adiantar-se no marcador de forma madrugadora, aos 6´ minutos, através de Prince Nxumalo, aproveitando umdesatenção da defesa angolana.
A estratégia do seleccionador nacional Pedro Gonçalves de evitar sofrer golos nos minutos iniciais estava assim desfeita, mas nem por isso abalou a confiança dos seus pupilos que mantiveram a determinação na vantagem de um golo, na eliminatória, que ainda tinham, em função da vitória da primeira-mão por 2-0.
Sem cruzar os braços as acções ofensivas dos Palancas Negras se fizeram sentir e após algumas tentativas chegaram ao empate aos 39´, num auto-golo de um jogador sul-africano, aumentando às hipóteses do combinado nacional manter-se em boa posição para o apuramento ao CHAN da Argélia.
Porém, o susto fez-se sentir ainda antes do intervalo quando os Bafana Bafana marcaram novamente, mas felizmente para os Palancas Negras viram o árbitro do jogo a anular o golo, mantendo a igualdade até ao descanso.
No segundo tempo, ambas as selecções entraram com a mesma disposição, no estádio onde a equipa do Orlando Pirates joga na condição de anfitriã no campeonato local, com um ligeiro pendor favorável aos sul-africanos, que com o apoio do seu público dominavam às acções no terreno, mas sem visar a baliza defendida por Neblu.
Contudo, aos 67´, Gilberto colocou em vantagem, pela primeira vez no jogo, os Palancas Negras, aproximando cada vez mais a formação capitaneada por Herenilson ao regresso ao CHAN, uma competição onde Angola já foi vice-campeã em 2011.
Num ápice, o combinado nacional marcou dois golos, aos 72 e 78´, Jó Paciência e Danilson, carimbando em definitivo o passaporte para a Argélia, no próximo ano e calou os ruidosos adeptos dos Bafana Bafana, com uma goleada, pela primeira vez no confronto entre os dois conjuntos.
Deste modo, a selecção nacional regressa ao CHAN de 2023, depois da última participação em 2018, no Marrocos, onde foram eliminados nos quartos-de-finais pela selecção da Nigéria, por 2-1, no prolongamento, depois do empate a um golo no tempo regulamentar.
Jogadores festejam apuramento
Os jogadores da Selecção Nacional mostraram, a sua alegria pela qualificação ao CHAN/2023, na Argélia, após a goleada infringida, ontem, a similar da África do Sul, por 4-1, agradeceram o esforço de todos para que esse feito se tornasse uma realidade.
O defesa-central Kinito disse que estavam cientes das dificuldades que iriam enfrentar nesta eliminatória diante dos Bafana Bafana, mas acreditavam igualmente no trabalho do grupo.
“Mais uma vez é de agradecer o esforço que todos nós fizemos neste jogo e no primeiro, sabíamos que o segundo seria muito difícil, mas com trabalho, dedicação, mais uma vez está aí e mostrámos que temos vontade e estamos de parabéns, todos os angolanos, e vamos aproveitar para festejar este momento único”, sublinhou.
Eddie Afonso, lateral direito falou com o sentimento de dever cumprido e afirmou que vão continuar a trabalhar para fazer uma prestaçãopositiva no CHAN da Argélia.
“Missão cumprida. Estamos todos de parabéns, fizemos um grande trabalho, a direcção, os jogadores, tudo o mundo que esteve a apoiar,a nação angolana, o meu muito obrigado. Agora é continuar a trabalhar para chegar na competição CHAN e demonstrar que nós somos capazes”, defendeu.
O médio ofensivo, Jaredi, agradeceu a Deus por ter permitido que às coisas corressem bem para os Palancas Negras, pois como disse “cumprimos a nossa missão. Como eu tinha dito, em Luanda, sabíamos que não seria um jogo fácil mas graças a Deus correu tudo bem do nosso lado”, concluiu.