Uma das questões que deve preocupar as autoridades na centralidade do recém-criado município do Kilamba, província de Luanda, tem a ver com a criação de um programa de poda e manutenção de árvores, com o objectivo de evitar o crescente número de acidentes provocados pela fraca visibilidade nas ruas, defenderam, quinta-feira, os moradores da zona habitacional.
Em declarações ao Jornal de Angola, os habitantes consideram que a conservação das áreas, por via de acções de manutenção, ajuda os automobilistas e condutores de motorizadas a terem noção do estado das vias, sobretudo a identificação das ruas no período nocturno.
A falta da poda e manutenção das árvores, na circunscrição do Kilamba, uma das que foi elevada à categoria de município, no âmbito da nova Divisão Político-Administrativa (DPA), constam das acções prioritárias a serem desenvolvidas pelas autoridades, através do reforço das acções de saneamento básico.
A moradora da centralidade do Kilamba Maria da Silva considera que a ausência de podas regulares compromete a visibilidade de condutores e pedestres, principalmente em áreas de grande fluxo, como nas avenidas, cruzamentos, paragens e áreas adjacentes às escolas.
Os galhos que avançam sobre as vias prejudicam não apenas uma condução segura, mas também o transporte de cargas e passageiros, popularmente conhecido como “táxi”, disse, sublinhando que alguns veículos de grande porte, como autocarros e camiões, precisam de manobrar com cuidado para evitar colisões com as árvores.
Além disso, os ramos próximos à rede eléctrica representam um risco adicional, podendo causar curto-circuitos, interrupções no fornecimento de energia eléctrica às residências e outras infra-estruturas sociais, disse Maria da Silva
Higiene e segurança
A par dos riscos de acidentes, os habitantes da centralidade do município do Kilamba também mencionam problemas de saneamento básico, sobretudo a acumulação de folhas secas nas ruas, que por sua vez obstruem os sistemas de drenagem durante a época das chuvas.
Maria da Silva lamentou o facto, referindo que a situação provoca inundações e dificulta a circulação de pessoas.
Os peões enfrentam dificuldades ao caminhar pelas ruas e passeios que, frequentemente, ficam obstruídos por galhos caídos ou vegetação excessiva, disse.
A falta de poda também afecta a sinalização vertical, com placas encobertas pela vegetação, e a iluminação pública, já que os galhos bloqueiam a luz dos postes.
Segundo Manuel da Silva, outro morador do Kilamba, durante a noite o problema se intensifica, tornando algumas ruas perigosas para motoristas e peões.
“É muito difícil conduzir à noite, pois a estrada fica praticamente às escuras, e não sabemos o que pode surgir à frente”, reclamou João Manuel, um morador da zona.
Os residentes afirmam que já solicitaram à administração local a implementação de um programa de poda regular, mas, segundo eles, ainda não houve uma resposta concreta.
Mariana João, líder de uma associação comunitária na centralidade, defende que enquanto aguardam por uma solução definitiva, a sugestão tem a ver com a criação de uma comissão de vigilância comunitária.
Outras propostas, incluem parcerias público-privadas.