Técnicos de saúde de Belas formados em matérias de gestão de resíduos hospitalares
Moradores de vários Bairros de Belas pedem urgência na construção de valas de drenagem
Moradores de vários bairros do Município de Belas voltaram a lançar um apelo urgente às autoridades, devido à falta de valas de escoamento para as águas das chuvas. Segundo os moradores, o cenário é alarmante, com casas inundadas, perdas materiais e até registo de mortes em algumas zonas, como nas Salinas, onde a situação é descrita como insustentável.
“As chuvas caem e não têm por onde sair. A água invade as nossas casas, traz lixo, doenças… e agora a cólera voltou a ameaçar”, lamenta um dos moradores do bairro das Salinas. O medo da população cresce a cada nova precipitação.
De acordo com relatos locais, a ausência de um sistema eficiente de drenagem está a facilitar o surgimento de novos focos da cólera, especialmente em áreas com maior concentração populacional e menor acesso ao saneamento básico.
Vale recordar que, recentemente, a Direcção Municipal da Saúde de Belas promoveu várias acções de prevenção contra a cólera, em parceria com igrejas e organizações locais. A iniciativa incluiu consultas gratuitas, distribuição de sopa, hipoclorito, comprimidos Certeza e pontos de reidratação oral, principalmente no bairro Santo António.
Entretanto, no Município de Belas, moradores dizem não sentir a mesma prontidão. “Estamos a ser esquecidos. A cólera não escolhe município. Precisa-se de acção urgente, antes que a situação piore ainda mais”, reforça uma munícipe, indignada com a falta de respostas.
Os apelos da população estendem-se à Administração Municipal de Belas e às autoridades provinciais, para que acelerem obras de requalificação urbana, limpeza e escavação de valas de drenagem, garantindo assim maior segurança e salubridade aos habitantes, especialmente nas zonas mais vulneráveis como Quenguela, Salinas, Bairro Azul e KM12.
A população pede não apenas promessas, mas acções concretas e duradouras. Enquanto isso, continuam a viver com receio de que a próxima chuva traga mais destruição — e mais tragédia.