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Média da produção de petróleo caiu para 1,1 milhões de barris

 Média da produção de petróleo caiu para 1,1 milhões de barris

A produção angolana de petróleo, situou-se, até Novembro de 2021, em 374,8 milhões de barris, a uma média 1,1 milhões de barris por dia (bpd), havendo a expectativa de que 35 milhões de barris correspondentes a Dezembro, elevem o total produzido para 409,8 milhões de bpd durante o ano.

Os números, compilados pela Angop com base nos relatórios mensais da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), apontam para um abrandamento homólogo da produção, diante dos 465,3 milhões de barris e da média de 1,2 milhões de bpd de 2020.

Os dados também indicam que Angola deixou de produzir cerca de 115 mil bpd, o que resultou numa perda diária de seis milhões de dólares em receitas de exportação, de acordo com o director executivo da PetroAngola (provedora de informação sobre Petróleo e gás), Patrício Quingongo, citado pela agência na conferência internacional sobre Petróleo, Gás e Energias Renováveis, realizada em Outubro de 2021.

As perdas são atribuídas ao declínio da produção decorrente da falta de investimentos nos segmentos da prospecção, pesquisa e exploração, mas a matéria em que este números são referidos lembra a previsão da retoma de grandes projectos que podem aumentar o volume de produção diária.

Em entrevista recente à publicação “The Energy Year”, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse que estão a ser implementadas medidas para aumentar a eficiência e fortalecer a actividade petrolífera.

Apontou a criação de condições e de um ambiente capaz de atrair novos investimentos que contribuam para o aumento das reservas e da produção de petróleo e gás.

O ministro mencionou, também, à redução de paralisações não programadas, o acompanhamento dos programas de manutenção do operador em campo, bem como a realização de reuniões técnicas com o objectivo de garantir a produção de acordo com o estabelecido.

Diamantino Azevedo considerou haver necessidade do cumprimento dos programas de manutenção, bem como de inspecções e auditorias técnicas para garantir a eficiência e integridade operacional das instalações e, se possível, dentro dos prazos estabelecidos, “monitorar o cumprimento do programa de manutenção para todos os blocos em operação”.

As medidas, de acordo com o ministro, visam estabelecer uma estratégia de coordenação nos programas de intervenção e manutenção planeada, com o objectivo de garantir a optimização das operações e a redução das paralisações não programadas e, consequentemente, diminuir o seu impacto na produção e custos.

O titular dos Petróleos falou, de igual modo, sobre o desenvolvimento de recursos em campos maduros, no fomento do  desenvolvimento dos campos marginais, para o que existem dispositivos legais já adoptados, como são os Decretos 6/18 e 5/18.

O  Decreto 6/18 define os incentivos e os procedimentos para a adequação dos termos contratuais e fiscais aplicáveis às zonas marginais qualificadas, enquanto que o Decreto 5/18 estabelece o regime jurídico sobre as actividades de pesquisa adicional às áreas de desenvolvimento de concessões petrolíferas.

Angola é, actualmente, o terceiro maior produtor de rude em África, a seguir à Nigéria e Líbia.