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Marrocos é um indiscutível “tomba” campeões europeus

 Marrocos é um indiscutível “tomba” campeões europeus

Marrocos era certamente, na fase a eliminar, visto como o adversário mais dócil, pelo menos em termos teóricos na discussão do passe frente aos seus oponentes. Porém, revelou-se, após a disputa dos oitavos e quartos-de-final, diante da Espanha, campeã do Mundo de 2010, e de Portugal, vencedor do europeu em 2016, um inquestionável tomba gigantes.

De certo, a pergunta recorrente por ora é: terá Marrocos estofo para desfeitear a França, actual campeã do mundo? A resposta à interrogação está protelada para amanhã, quando depois das 20h00, perto das 21h50, caso não haja recurso a prolongamento ou a marcação de grandes penalidades.

O alerta a Kylian Mbappé, Kingsley Coman, Ousmane Dembélé, Olivier Giroud, Antoine Griezmann e companheiros, o quanto os marroquinos são capazes, está dado por via dos espanhóis e portugueses.

Vigésimo segundo classificado no ranking da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), com 1563,5 pontos, era quase utópico para mais de metade dos aficionados do desporto rei, que Marrocos fosse deixar pelo caminho Espanha, sétimo da tabela com 1715,22, e Portugal, nono com 1676,56, ambas candidatas à conquista da 22ª edição do Campeonato do Mundo de futebol, Qatar´2022.

Três a zero, após a marcação de grandes penalidades, quando no final dos 120 minutos registava-se um nulo, foi o resultado frente à Espanha, nos “oitavos”. Contra Portugal, a vitória, por 1-0, precisou de ‘apenas’ 98 minutos.

O pessimismo em torno da selecção africana adensou-se primeiro na modéstia do nome dos seus jogadores no paralelismo com o dos adversários, casos de Cristiano Ronaldo, João Félix, Bernardo Silva, Bruno Fernandes (Portugal), Sergio Busquets, Ferran Torres, Álvaro Morata, Marco Asensio, Ansu Fati (Espanha), Kevin De Bruyne, Axel Witsel, Romelu Lukaku, Eden Hazard (Bélgica), Luka Modric, Ivan Perisic, Mateo Kovacic, Marcelo Brozovic (Croácia), só para citar esses.

O facto de África nunca ter qualificado nenhum representante para as meias-finais foi outro dos pormenores que fez levantar suspeição quanto à capacidade dos comandados do seleccionador Walid Regragui, conseguirem suplantar opositores de nomeada.

Achraf Hakimi (Paris Saint-Germain, PSG), principal activo marroquino cujo valor de mercado está cifrado em 65 milhões de euros, segundo o site Transfermarkt, Noussair Mazraoui (Bayern Munique) e Hakim Ziyech (Chelsea) são os expoentes máximos de uma equipa cada vez mais compacta e consolidada em busca da consagração.

Se a competência de Marrocos foi posta em causa no início e após a disputa do Grupo F da etapa preliminar, em que terminou na primeira posição, com sete pontos, a pouco e pouco essa tem sido diluída com respostas dadas dentro do rectângulo de jogo.

A fazer jus à alcunha de Leões do Atlas, designação oficial daquela selecção, os marroquinos, estrearam-se com empate sem golos diante da Croácia, 12ª no ranking, com 1645,64, deixando o primeiro sinal de alerta.

Na segunda jornada, 2-0, sobre a Bélgica, segunda do ranking, com 1816,71 pontos, e a fechar, 2-1, ante ao Canadá, 44º com 1475, foi apenas a consumação de que estava-se diante de uma selecção a ter em consideração.

Eis os 26 eleitos de Regragui, guarda-redes: Yassine Bono (Sevilha, Espanha), Munir Elkajoui (Al-Wehda, Ara) e Reda Tagnaouti (Wydad Casablanca). Defesas: Yahya Attiat Allah (Wydad Casablanca), Badr Benoun (Qatar SC, Qatar), Noussair Mazraoui (Bayern Munique, Alemanha), Jawad El Yamiq (Valladolid, Esp), Achraf Hakimi (Paris Saint-Germain, França), Nayev Aguerd (West Ham, Inglaterra), Romain Saiss (Besiktas, Turquia) e Achraf Dari (Brest, Fra).

Médios: Abdelhamid Sabiri (Sampdoria, Itália), Azzedine Ounahi (Angers, Fra), Sofyan Amrabat (Fiorentina, Ita), Yahya Jabrane (Wydad Casablanca), Selim Amallah (Standard Liège, Bélgica), Bilal Khanous (Genk, Bel) e Amine Harit (Marselha, Fra).

Avançados: Abderazak Hamdallah (Al-Ittihad, Arábia Saudita), Zakaria Aboukhlal (Toulouse, Fra), Youssef En-Nesyri (Sevilha, Esp), Abde Ezzalzouli (Osasuna, Esp), Soufian Boufal (Angers, Fra), Walid Cheddira (Bari, Ita), Hakim Ziyech (Chelsea, Ing) e Ilyas Chair (Queens Park Rangers, Ing).