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Fundo Habitacional vai passar de prédio em prédio para cobrar moradores na Centralidade do Kilamba

O Fundo Habitacional está a passar de prédio em prédio na Centralidade do Kilamba para falar com as Coordenações dos Edifícios, de modo a alertar os moradores que ainda não tenham pago na totalidade as suas casas.
Segundo o que foi revelado ao KILAMBA 24 HORAS por uma fonte do Fundo Habitacional, a revista começou no Quarteirão Y e vai continuar nos próximos dias entre os restantes quarteirões da Centralidade do Kilamba.
Essa medida vem devido ao facto de os moradores da Centralidade continuaremm a resistir ao pagamento das quotas junto à coordenação dos seus edíficios, segundo uma denúncia da Comissão de Moradores e do Fundo Habitacional ao KILAMBA 24 HORAS.
Pelo que foi revelado a nossa redacção, 80% dos apartamentos da Centralidade do Kilamba não pagam regularmente as quotas ou a renda mensal, causando ao Estado Angolano uma dívida avaliada em mais de 25 mil milhões de kwanzas.
Para o representante da Comissão de Moradores, na construção desses focos habitacionais o Governo Angolano contraiu uma dívida orçada em mais de dois mil milhões de dólares com fornecedores, onde tendo isso em causa os moradores devem fazer a sua parte pagando regularmente as quotas.
“Aqueles que construíram a Centralidade e fizeram o seu asseguramento estão a cobrar esses valores ao Estado Angolano, onde no âmbito do Fundo Habitacional já estamos a ver essa questão para o pagamento da renda mensal por parte dos donos dos apartamentos da Centralidade do Kilamba ” disse Adérito Mohamed, Director Nacional da Gestão da Reserva Fundiária e Habitacional.
A Centralidade do Kilamba é a centralidade do país que mais deve ou que os moradores não pagam a renda mensal, onde das 20.000 residências, 80% não fazem o pagamento da renda mensal ou não cumprem com as suas obrigações contratuais, algo que acontece desde os primeiros anos da Centralidade.
venda de uma casa T3 na Centralidade está avaliada em 10 milhões de kwanzas a pronto pagamento, onde “se tiver que entrar na prestação mensal de propriedade resolúvel, o morador vai pagar a casa em 30 anos, onde a prestação mensal vai de 29 a 30 mil kwanzas/mês até terminar de pagar a casa. Mas mesmo assim o nível de incumprimento é elevadíssimo” informou.
O responsável diz que há uma autêntica “resistência” em pagar por parte dos moradores da Centralidade do Kilamba, frisando ainda que se não pagarem de forma voluntária o Estado vai agir de forma coerciva.
“Se a forma voluntária não for bastante para fazermos cumprir as obrigações contratuais, deveremos naturalmente recorrer a outros mecanismos, com destaque para a via judicial e que resultará na restituição do imóvel ao dono, nesse caso que é o Estado”, reiterou.