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EUA reabrem embaixada em Kyiv após três meses fechada
Os Estados Unidos reabriram hoje a sua embaixada em Kiev, encerrada em meados de Fevereiro, antes da invasão russa da Ucrânia, anunciou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
“Hoje, retomamos oficialmente as operações na embaixada dos Estados Unidos em Kiev. O povo ucraniano, com a nossa ajuda em matéria de segurança, defendeu a sua pátria da invasão irresponsável da Rússia e, em consequência, a nossa bandeira foi de novo hasteada na embaixada”, declarou Blinken em comunicado.
Os Estados Unidos decidiram deslocar a sua embaixada na Ucrânia de Kiev para Lviv, perto da fronteira com a Polónia, a 14 de Fevereiro, dez dias antes do início da invasão russa, antes de retirarem todo o seu pessoal do país.
Na sequência de uma visita a Kiev a 24 de Abril, Antony Blinken e o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, anunciaram o regresso gradual de uma presença diplomática na Ucrânia, dada a melhoria da situação no terreno, especialmente em Kiev e na região circundante.
A encarregada de negócios Kristina Kvien regressou a Lviv a 02 de Maio e disse esperar antes do fim do mês um retorno à capital, onde se deslocou brevemente a 08 de Maio para comemorar o 77.º aniversário da vitória dos aliados sobre a Alemanha nazi.
Blinken precisou ter tomado “medidas adicionais para reforçar a segurança” dos diplomatas norte-americanos, sem fornecer mais pormenores.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, nomeou uma nova embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia, a diplomata Bridget Brink, que deverá ainda ser confirmada por uma votação do Senado.
Vários países europeus reabriram já as respectivas embaixadas em Kiev desde que a ofensiva russa começou, a 24 de Fevereiro.
A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 84.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas — cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.