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Escolas com pouca presença de alunos nas salas de aula
Grande parte das escolas do ensino geral da província de Luanda registou, terça-feira(06), pouca afluência de alunos nas salas, apesar do início oficial das aulas, em todo o país, no referido subsistema.
Diferente dos anos anteriores, em que os alunos é que se abstinham às aulas nos primeiros dias, ontem, constatou-se que muitas escolas públicas, desde às que ministram o pré-escolar ao ensino secundário, ainda não tinham concluído o processo de matrículas, afixação de listas e de horários, respectivamente.
Numa ronda feita pelo Jornal de Angola constatou-se que algumas instituições públicas de ensino também observaram uma ausência marcante de professores, numa altura em que os alunos estavam mais preocupados em fazer as matrículas.
Noutras escolas, enquanto os professores se preocupavam em receber os horários, os alunos e encarregados de educação estavam concentrados na identificação dos nomes nas listas, para conseguir a matrícula.
Não encontrando os nomes, esses encarregados de educação e candidatos não apurados, eram vistos a concentrar-se à portas das direcções e subdirecções pedagógicas das escolas, para obter informações sobre o assunto.
Esse cenário de aglomerados de pais e encarregados de educação junto à porta das direcções escolares, constatou-se, com maior realce, nos institutos médios, onde divisámos muitos alunos com capas de processos a aguardar por explicações.
Boa parte dos alunos e de encarregados de educação quiseram mesmo saber quais os critérios usados pela direcção das escolas na selecção dos candidatos à classe de entrada, a 10ª classe.
Relativamente à movimentação de alunos com batas, pelas avenidas que dão acesso às zonas escolares era notório a fraca presença de crianças e adolescentes a caminho da escola.
Mas, um dos aspectos que mais ressaltou à vista é o facto de grande parte dos inscritos reclamam dos nomes não terem sido seleccionados, apesar de terem os requisitos exigidos pelo Ministério da Educação, entre os quais a idade máxima de 16 anos e médias acima de 12 valores.
É o caso de dona Matilde António, que, de forma desesperada, não viu o nome do filho nas listas de candidatos seleccionados para a realização da matrícula que dá acesso a frequentar o II Ciclo do Ensino Secundário.
Segundo a encarregada de educação, que inscreveu o filho no Instituto Médio de Economia de Luanda (IMEL), no curso de Gestão de Transportes, referiu que o menor de 16 anos e média superior a 14 valores, está apavorado, com receio de não estudar neste ano.
Para já, a senhora realçou que vai exigir da direcção do IMEL explicação sobre a forma como ocorreu a selecção dos candidatos à classe de entrada, tendo em conta que “muitos meninos não apurados tinham os requisitos para entrar”.
Isabel Manuel, uma outra encarregada de educação, lamentou o facto de ser o segundo ano consecutivo que os dois irmãos se inscrevem numa instituição do ensino médio e os nomes não são apurados.
“A minha mãe teme que a não selecção dos miúdos, por duas vezes, os leve à frustração e, consequentemente, caiam na delinquência ou ao consumo de bebidas alcoólicas”, desabafou Isabel Manuel.
Por isso, para a encarregada de educação, independentemente dos requisitos estabelecidos pelo Ministério da Educação, é necessário que o Governo crie ou reforce as políticas de ajuda aos jovens não apurados nas escolas de ensino médio, para ocupá-los em actividades úteis à sociedade.
Escola Ngola Kiluanje
Orlando Camucumba, subdirector do Liceu nº 1.145, vulgo “Escola Ngola Kiluanje”, explicou que, por motivos administrativos, a instituição vai concluir o processo de matrículas dos alunos, até sexta-feira, altura que pretende afixar os horários.
O director disse que a escola (Ensino Pré-universitário) tem 8.200 alunos matriculados nos cursos de Ciências Económicas e Jurídicas, Físicas e Biológicas e Artes Visuais, distribuídos em três turnos e orientados por 209 professores.