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Bairros do Município de Belas sem energia elétrica há mais de quatro meses devido a dívidas de PTs privados

 Bairros do Município de Belas sem energia elétrica há mais de quatro meses devido a dívidas de PTs privados

Vários bairros do Município de Belas, como o Bairro Km 30 e a comuna dos Ramiros, estão sem energia elétrica há mais de quatro meses. Segundo os moradores, a situação foi causada por dívidas avultadas acumuladas pelos proprietários dos Postos de Transformação (PTs) privados junto à Empresa Nacional de Distribuição de Eletricidade (ENDE), com valores que chegam a 12 e até 15 milhões de kwanzas.

Em declarações ao KILAMBA 24 HORAS, os moradores criticaram a má gestão por parte dos responsáveis pelos PTs e pediram que as autoridades tomem medidas severas, incluindo o confisco desses equipamentos.

João Paulo, morador do Bairro Km 30, questionou: “É inadmissível que os donos desses PTs tenham permitido uma dívida tão grande enquanto todos nós, moradores, pagávamos regularmente. Como pode cada casa pagar 7.000 kwanzas por mês, além dos 120.000 kwanzas do contrato inicial, e ainda assim haver dívidas desse nível?”

Maria da Silva, moradora da comuna dos Ramiros, manifestou sua revolta: “Esses proprietários são maus gestores. Não temos energia há meses, enquanto eles dizem que não têm dinheiro para pagar à ENDE. Se eles não sabem gerir, que as autoridades assumam o controle dos PTs.”

Carlos Fernandes, também do Km 30, destacou os prejuízos causados pela falta de energia: “Sem eletricidade, estamos a viver em condições desumanas. Não há como conservar alimentos, as crianças não conseguem estudar à noite, e a nossa vida ficou muito mais difícil. É urgente que a Administração de Belas e a ENDE resolvam essa situação.”

Os moradores exigem uma intervenção imediata da Administração Municipal de Belas e da ENDE para solucionar o problema. Eles pedem que os PTs privados sejam confiscados e que seja estabelecido um modelo de gestão mais eficiente e transparente, garantindo o fornecimento regular de energia às comunidades afetadas.

Até o momento, as autoridades locais e a ENDE não se pronunciaram oficialmente sobre a questão, mas os moradores esperam uma resposta rápida para pôr fim ao sofrimento causado pela falta de energia elétrica.