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Antony Blinken termina visita à RDCongo e segue para o Ruanda
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, deixou hoje a República Democrática do Congo (RDCongo), após uma visita no âmbito da sua viagem a África, anunciou a embaixada norte-americana.
O chefe da diplomacia americana deixou Kinshasa depois de se encontrar com o primeiro-ministro da RDCongo, Jean-Michel Sama Lukonde e membros da sociedade civil.
O seu avião descolou às 16:19 (mesma hora em Lisboa), de acordo com a embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Kinshasa.
Blinken e Sama Lukonde “discutiram a importância de organizar e realizar eleições livres e justas, conforme planeado em 2023”, segundo um comunicado do Departamento de Estado.
O comunicado anuncia que a agência de cooperação dos EUA (Usaid, no acrónimo em inglês) “mobilizará 10 milhões de dólares [9,7 milhões de euros] adicionais para promover a participação política pacífica e a transparência nas eleições, elevando o apoio total dos EUA às eleições da RDCongo para 23,75 milhões de dólares [cerca de 23 milhões de euros]”.
Blinken e Sama também discutiram “a promoção do respeito pelos direitos humanos, melhorar o clima de investimento, proteger o meio ambiente, combater a corrupção e garantir as cadeias de fornecimento de minerais essenciais necessários para a transição global para formas mais limpas de energia”, acrescenta-se na nota.
No domínio da saúde e alimentação, o comunicado assinala que Blinken destacou a parceria de longa data e estreita entre os Estados Unidos e a RDCongo na saúde global, inclusive na luta contra os surtos de Ébola e na produção sustentável de alimentos.
O governante norte-americano, que chegou a Kinshasa na terça-feira, reuniu-se nesse dia com o Presidente Felix Tshisekedi e, em seguida, participou numa conferência de imprensa com o seu homólogo da RDCongo, Christophe Lutundula.
O chefe da diplomacia americana expressou então as preocupações dos Estados Unidos sobre informações “credíveis” sobre o apoio do Ruanda aos rebeldes do Movimento 23 de março (M23) no leste da RDCongo.
“Estamos muito preocupados com relatos credíveis ??de que o Ruanda apoia o M23”, disse então.
O M23 é uma antiga rebelião dominada pelos tutsis derrotada em 2013, que voltou a pegar em armas no final do ano passado, acusando Kinshasa de não ter respeitado os acordos de desmobilização e reintegração dos seus combatentes.
Kinshasa acusa Kigali de apoiar os rebeldes, o que Ruanda nega.
A ultima etapa da deslocação a África, iniciada domingo na África do Sul por Antony Blinken, é justamente o Ruanda.