A Administração Municipal do Kilamba, através da sua Direcção de Fiscalização, realizou nesta terça-feira, 30, uma Operação Massiva de Combate à Venda Desordenada, como parte do programa de reordenamento do comércio local.
A acção teve como foco principal as paragens de táxi na Centralidade do Kilamba e no KK 5000, zonas onde o comércio informal em passeios, bermas e paragens tem gerado constantes reclamações de moradores e automobilistas. Segundo a Administração, o objectivo é garantir maior organização, limpeza e segurança nas vias e espaços públicos, muitas vezes congestionados por vendedores ambulantes.
Nos últimos meses, moradores têm vindo a alertar para os impactos da venda desordenada, que dificulta a mobilidade pedonal, cria riscos de acidentes e contribui para o aumento do lixo nas ruas. “Todos os dias temos de andar pelo meio da estrada porque os passeios estão ocupados por vendedores. É perigoso, principalmente para as crianças e idosos”, disse Paula Domingos, residente do Quarteirão T.
Outro morador, André Manuel, destacou a ligação entre a venda desordenada e o ambiente: “Os contentores já são poucos e, com este comércio desordenado, o lixo aumenta. O resultado é uma cidade que parece abandonada, quando devia ser organizada.”
Já Maria José, moradora do KK 5000, entende que a medida é necessária, mas apela para soluções alternativas: “Sabemos que muitas famílias vivem da venda informal. A Administração devia criar mercados ou espaços próprios para estes vendedores, porque simplesmente retirar não resolve o problema.”
A Administração reforçou que o reordenamento do comércio é uma responsabilidade colectiva, apelando à colaboração de vendedores, moradores e instituições. “Uma cidade limpa, organizada e segura depende do empenho de todos os cidadãos”, sublinhou a nota divulgada pela instituição.