Cresce o apelo popular no município de Belas, onde diversos cidadãos têm manifestado publicamente a sua insatisfação com a lentidão na resolução de problemas que afectam o dia-a-dia das comunidades. Os munícipes pedem ao administrador Wilson Jacinto Fernandes Morais que adopte medidas mais firmes e visíveis para responder às suas principais preocupações.
Entre as queixas mais recorrentes estão o deficiente saneamento básico, o aumento dos amontoados de lixo em zonas residenciais, a iluminação pública precária, a má conservação das vias secundárias e a proliferação de ravinas — como a que recentemente ameaçava o bairro Bela Vista II, antes da intervenção da Administração.
Os moradores destacam ainda a necessidade de uma maior fiscalização sobre obras ilegais e ocupações desordenadas de terrenos, problemas que, segundo eles, continuam a agravar o desordenamento urbano e a insegurança nas comunidades.
Outro ponto que preocupa é a falta de emprego e oportunidades económicas, especialmente entre os jovens e mulheres chefes de família, que esperam ver os programas de combate à fome e à pobreza chegar de forma mais efectiva às zonas periféricas.
Apesar das recentes iniciativas da Administração, como a reunião de reforço com cooperativas de limpeza urbana e as acções de formação promovidas pelo Projecto Njila, os munícipes dizem que é preciso transformar planos em resultados concretos.
“Queremos ver as ruas limpas, a iluminação a funcionar e as nossas estradas transitáveis. Não basta discutir, é preciso agir”, desabafou um residente do bairro Morro Bento, reflectindo o sentimento de muitos.
Os habitantes de Belas apelam, portanto, ao administrador Wilson Morais para que intensifique a presença no terreno, reforce o diálogo com as comunidades e coloque em prática soluções duradouras que garantam melhores condições de vida, segurança e dignidade a todos os munícipes.
