O cenário de barulho excessivo e desrespeito às normas de convivência tem voltado a incomodar os moradores da Centralidade do Kilamba. Nas madrugadas, o ruído intenso proveniente da Feira do Bloco F tem tirado o sossego das famílias que residem nas imediações, levantando sérias críticas à Administração Municipal do Kilamba e ao Comando Municipal da Polícia Nacional, acusados de terem “perdido o controlo” sobre a situação.
“São duas horas da manhã e o barulho infernal que vem da feira demonstra que a polícia e a administração perderam o controlo. Até quando, meu Deus?”, desabafou um morador nas redes sociais, refletindo o sentimento generalizado de cansaço e revolta.
As reclamações sobre poluição sonora, ocupação desordenada do espaço público e consumo excessivo de álcool na zona da feira têm se tornado cada vez mais frequentes. Os residentes afirmam que música em alto volume, motorizadas a circular em excesso e confusão nas madrugadas já se tornaram rotina, mesmo após várias promessas de fiscalização por parte das autoridades.
Este novo episódio reacende o debate sobre a eficácia das ações de fiscalização municipal, que haviam sido reforçadas em outubro, quando a Administração do Kilamba, em coordenação com a Direção Municipal do Turismo, Cultura e Fiscalização, iniciou campanhas de combate à poluição sonora nos Ramiros e noutras zonas do município.
Moradores questionam por que as medidas não estão a ser aplicadas de forma uniforme, principalmente na Feira do Bloco F, que, segundo eles, funciona sem controlo nos fins de semana e durante a madrugada.
