Cresce o descontentamento entre os moradores da Centralidade do Kilamba devido às elevadas facturas de água emitidas pela EPAL – Empresa Pública de Águas de Luanda, sem que haja uma explicação clara ou justificativa plausível para os valores cobrados.
Segundo relatos de vários munícipes, os montantes cobrados pela EPAL nas facturas mensais têm aumentado de forma desproporcional, atingindo níveis considerados abusivos. Uma moradora, que preferiu não ser identificada, desabafou:
“A EPAL ganhou, só manda factura. Não explica porque, num mês, uma loja pequena no Kilamba tem que pagar 128 mil kwanzas. Isso é um absurdo.”
Outro residente classificou a situação como um verdadeiro abuso:
“O que a EPAL anda a fazer no Kilamba é um roubo. Não posso pagar um preço que equivale a três cisternas de água. É completamente injusto.”
Vários moradores têm partilhado que não existe um padrão lógico nos valores, o que os leva a comparar as cobranças a uma “lotaria”. Segundo dizem, há casos de apartamentos semelhantes com consumos semelhantes, mas com facturas drasticamente diferentes.
Os cidadãos exigem da EPAL mais transparência no processo de medição e facturação, e apelam à empresa que apresente justificações técnicas sobre os cálculos realizados, além de uma revisão urgente das cobranças. Reforçam ainda o pedido para que sejam realizados esclarecimentos públicos e que seja criado um canal acessível para reclamações e correções de facturas.
O sentimento geral entre os moradores do Kilamba é de frustração e insegurança, uma vez que, segundo afirmam, não há consumo que justifique os valores actualmente cobrados, sobretudo em tempos de dificuldades económicas.
A população aguarda por um pronunciamento oficial da EPAL sobre o caso.