Os moradores da Centralidade do Kilamba estão profundamente preocupados com o aumento descontrolado de catadores de lixo que, segundo relatos, ocupam parques de estacionamento e zonas residenciais da cidade, transformando esses espaços em locais de lavagem de carros e até de prostituição.
Os residentes apelam à Administração Municipal do Kilamba para que retire com urgência essas pessoas dos arredores dos edifícios e contentores, por considerarem que a situação coloca em risco a higiene, a segurança e a imagem da centralidade, conhecida por ser uma das maiores urbanizações planeadas de África.
“Os catadores de lixo agora lavam carros nos parques e ficam aqui o dia todo. À noite, o cenário muda completamente, e algumas mulheres começaram a usar o local para prostituição. Está a tornar-se insustentável viver assim”, denunciou um morador do Quarteirão J.
Além do impacto visual e ambiental, os moradores referem que a presença constante de catadores e lavadores improvisados tem contribuído para aumento da criminalidade e da insegurança, sobretudo durante a noite.
“Os parques e zonas de contentores estão completamente degradados. Há lixo espalhado, baldes de água suja e pessoas a dormir nos cantos. Precisamos de medidas urgentes”, acrescentou outro residente.
As Comissões de Moradores já comunicaram o problema à Administração Municipal, pedindo acções firmes e imediatas, que incluam a retirada dos catadores, maior vigilância policial e reorganização das áreas públicas para devolver a ordem e a limpeza à cidade.
Os moradores também sugerem que a Administração, em coordenação com a Direcção Municipal do Desenvolvimento Económico e Social, reencaminhe esses cidadãos para programas sociais, de modo a garantir soluções humanas e sustentáveis, sem comprometer a segurança e o bem-estar dos munícipes.
“Não queremos ver pessoas a sofrer, mas o Kilamba não pode continuar nesse descontrolo. Queremos uma cidade limpa, organizada e segura — como foi pensada para ser”, finaliza um dos representantes da comunidade.
