Cresce o descontentamento entre os moradores da Centralidade do Kilamba em relação ao atendimento prestado pela Clínica Aurora Care, localizada na Centralidade. Em entrevista ao portal Kilamba 24 Horas, vários moradores manifestaram frustração com a falta de empatia, profissionalismo e eficiência por parte da equipa da unidade de saúde.
“Gostaria de expressar a minha profunda insatisfação com a forma como trataram um vizinho. Já deixei de frequentar essa clínica exatamente por factos semelhantes: uma cambada de arrogantes e antipáticos, com total falta de empatia e ética profissional”, desabafou uma moradora, sublinhando que apenas alguns profissionais escapam a este comportamento generalizado.
Outro morador relatou um episódio em que levou a filha com febre alta à clínica, mas foi obrigado a esperar horas apenas para uma triagem. “Cheguei às 13h, só fizeram a triagem às 15h e até às 17h não chamavam a criança para consulta. Pedi os documentos e fui embora. No dia seguinte, voltei por falta de opção, mas a pediatra nem exame fez, passou uma receita que nem ela compreendia. Tive de lhe pedir para verificar a garganta da minha filha. Jurei não voltar.”
Casos mais graves também foram denunciados. Uma moradora afirmou que a sua irmã chegou à clínica com fortes dores de parto por volta da meia-noite e não recebeu qualquer assistência. “Nem examinaram, não fizeram nada. O enfermeiro não sabia o que era e apenas sugeriu que fôssemos para outra clínica.”
Muitos moradores destacam que continuam a usar a clínica apenas por causa da proximidade, mas afirmam que já perderam a confiança na instituição e, quando possível, deslocam-se até outras zonas, como o Talatona, em busca de atendimento mais digno.
Os relatos multiplicam-se nas redes sociais e grupos comunitários do WhatsApp, onde cresce a pressão para que as autoridades de saúde investiguem a situação e tomem medidas. Até o momento, a direcção da Clínica Aurora Care não se pronunciou sobre as denúncias.
A comunidade do Kilamba espera uma resposta firme das entidades competentes para garantir que os serviços de saúde estejam à altura das necessidades dos cidadãos e respeitem os princípios básicos da medicina: cuidado, empatia e responsabilidade.