Vários moradores da Centralidade do Kilamba manifestaram-se indignados com a atuação dos fiscais municipais, acusando-os de trabalhar apenas em casos relacionados a terrenos e viaturas, enquanto ignoram outros problemas que afetam o dia a dia da comunidade.
Segundo as denúncias, em praticamente todos os quarteirões da centralidade é possível encontrar vendedores informais, motoqueiros organizados em “placas”, roulotes e diferentes formas de comércio desordenado, que ocupam passeios e espaços públicos sem fiscalização adequada.
“É revoltante, os fiscais aparecem rápido quando o assunto envolve carros ou terrenos, mas quando se trata de vendedores que estão a transformar os nossos quarteirões em mercados improvisados, nada fazem”, disse Carlos António, morador do Quarteirão K.
Outra residente, Joana Silva, destacou que a situação já se tornou insustentável: “A cada esquina temos roulotes e vendedores de rua, ocupando espaço e deixando lixo. Parece que o Kilamba não tem fiscalização para estas situações.”
Já Manuel Domingos, residente do Quarteirão B, reforça que a comunidade sente-se abandonada: “Pagamos taxas, pagamos condomínio, e no fim vivemos no meio da desordem. A Administração tem de ouvir os moradores e agir de forma justa.”
Os moradores pedem uma atuação mais equilibrada e eficaz da fiscalização municipal, com medidas que não apenas combatam a venda desordenada, mas também criem alternativas organizadas para vendedores ambulantes, de modo a garantir tanto a ordem urbana quanto o sustento das famílias que vivem do comércio informal.