A Centralidade do Kilamba, em Luanda, está a enfrentar graves problemas de gestão de resíduos sólidos, com lixo acumulado nas ruas, poucos contentores disponíveis e uma recolha considerada insuficiente pelos moradores. A situação tem gerado crescente indignação, com apelos à Administração Municipal e à empresa responsável pela limpeza, VISTA, para adotarem medidas urgentes.
“Os contentores que temos já não chegam para a quantidade de lixo produzida. Estão quase sempre cheios e o resto do lixo acaba espalhado pelo chão. A cidade está a perder a beleza e a higiene”, lamentou Carla Mendes, moradora do Bloco R.
Para João António, residente do Quarteirão X, o problema não está apenas na falta de contentores, mas também na frequência da recolha. “A recolha é muito ineficiente. Às vezes passam dias sem recolher e o cheiro torna-se insuportável. Estamos a falar de saúde pública, não apenas de estética.”
Já Helena Dinis, mãe de três crianças, destacou os riscos para a população: “Com este lixo acumulado, aumentam as moscas, os mosquitos e até ratos. As crianças são as mais expostas. Precisamos que a Administração cobre da empresa VISTA um trabalho digno, porque nós pagamos para ter a cidade limpa.”
Outro morador, Paulo Almeida, sugeriu soluções: “É preciso reforçar o número de contentores e aumentar a frequência da recolha, sobretudo nos quarteirões mais populosos. O Kilamba é uma referência nacional e não pode estar mergulhado no lixo.”
A comunidade pede à Administração do Kilamba que responsabilize a empresa VISTA, garantindo que o serviço contratado seja devidamente prestado. “Queremos uma cidade limpa, organizada e saudável para todos”, concluiu Maria José, residente do Bloco W.