Vários moradores da Centralidade do Kilamba manifestaram crescente preocupação com a proliferação de lojas construídas ao longo das principais vias, com a parte frontal voltada directamente para as estradas, sem a devida previsão de faixas de estacionamento, situação que consideram um grave problema urbanístico e de segurança.
Segundo os munícipes, a ausência de espaços adequados para o estacionamento de clientes tem provocado o congestionamento das vias e já começa a gerar constrangimentos sérios em zonas sensíveis, como nas imediações da agência da ZAP. Os residentes alertam que, em caso de emergência, a circulação de viaturas de socorro, nomeadamente dos Bombeiros, poderá ficar comprometida, restando apenas alternativas extremas, como danificar viaturas estacionadas irregularmente ou procurar rotas alternativas, o que pode atrasar o atendimento e colocar vidas em risco.
Os moradores criticam ainda a forma como, após as reclamações, algumas soluções adoptadas pelas autoridades acabam por ser paliativas. De acordo com as denúncias, a colocação de placas com a indicação “Excepto Clientes”, através do Departamento de Tráfego e Mobilidade, não resolve o problema estrutural, sobretudo porque muitas vias da Centralidade não possuem a mesma largura que outras onde esta medida foi aplicada, como no caso da zona do “Gelados Rabugento”.
A comunidade defende que ainda há tempo para evitar consequências mais graves, apelando à Administração Municipal do Kilamba para que reforce o controlo urbanístico, exija o cumprimento rigoroso das normas de construção e assegure que novos estabelecimentos comerciais incluam soluções adequadas de estacionamento, salvaguardando a mobilidade, a segurança rodoviária e o acesso rápido dos serviços de emergência.
