Uma denúncia pública feita por um morador do Kilamba voltou a levantar o debate sobre o crescimento desordenado e as construções ilegais na centralidade. O caso ocorreu junto ao edifício J1, onde foi erguida uma estrutura suspeita, descrita como uma possível loja ou cantina, construída de forma improvisada e sem aparente autorização.
Segundo o denunciante, o cenário é preocupante e “fere completamente as normas urbanísticas” que caracterizam a cidade planejada do Kilamba. “Fiquei estupefacto. Como é possível que alguém tenha autorizado uma obra dessas? Parece um anexo de bairro, feito sem qualquer critério técnico”, lamentou o morador.
A denúncia sugere ainda possíveis falhas de fiscalização por parte das autoridades locais e acusa alguns técnicos de “fecharem os olhos” mediante alegados benefícios financeiros. O cidadão apelou à intervenção imediata do Administrador Municipal do Kilamba, Arlindo dos Santos, para que determine a demolição da obra e a remoção de um contentor metálico instalado na mesma área.
Moradores próximos ao local também manifestaram preocupação, afirmando que o número de construções irregulares tem aumentado, descaracterizando o padrão arquitectónico da cidade e comprometendo a segurança dos edifícios.
Os munícipes pedem que a Fiscalização e o Ministério das Obras Públicas actuem com rigor para preservar a organização e a credibilidade do Kilamba, considerado um dos maiores projectos urbanísticos de Angola.
“O Kilamba precisa voltar a ser exemplo de ordem e modernidade. Não podemos permitir que se transforme num amontoado de construções improvisadas”, alertou outro residente indignado.
Até ao momento, a Administração Municipal do Kilamba ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas a comunidade espera uma resposta rápida e firme para travar o avanço das obras ilegais e restaurar a confiança dos moradores.
