Os moradores da Centralidade do Kilamba expressaram insatisfação e frustração após o discurso de Estado da Nação proferido pelo Presidente da República, João Lourenço, nesta Terça-feira, 15 de Outubro. Segundo os moradores em entrevista aos jornalistas do KILAMBA 24 HORAS, temas essenciais que afetam diretamente o dia a dia dos angolanos, como a alta nos preços da cesta básica, transportes e o elevado custo de vida, não foram devidamente abordados, deixando-os sem esperança de melhorias.
Antónia da Cruz, uma moradora do Quarteirão J, afirmou em entrevista ao KILAMBA 24 HORAS que esperava ouvir soluções para os preços exorbitantes que enfrentam diariamente. “Estamos a viver numa situação insustentável, com preços dos alimentos básicos a subir cada vez mais. O discurso não trouxe nada de novo, parecia apenas uma repetição de promessas sem ação. Queremos ouvir como e quando isso vai mudar,” declarou, visivelmente insatisfeita.
Já Pedro Augusto, morador do Quarteirão G, criticou a falta de menção ao sistema de transportes e as dificuldades de mobilidade enfrentadas pelos residentes. “Esperávamos ouvir algo concreto sobre a redução dos preços dos transportes. A realidade é que estamos a gastar muito para nos movimentar, e o Presidente parece não estar ciente disso. O que foi dito não reflete o que realmente vivemos”, apontou.
Outro residente, Margarida Tavares, do Quarteirão F, também se mostrou decepcionada com o teor do discurso. “Senti que o discurso foi apenas mais uma palestra política, cheia de promessas sem nenhuma ligação com a realidade social. As pessoas estão a sofrer, mas o discurso foi desconectado da nossa realidade”, disse ela, pedindo medidas urgentes para aliviar o peso sobre as famílias.
Por sua vez, João Neves, outro morador, questionou se o governo realmente entende as necessidades do povo. “A realidade nas ruas é completamente diferente. Falam de progresso, mas as condições de vida continuam a piorar. O povo não está a sentir o impacto das medidas mencionadas pelo Presidente”, afirmou com ceticismo.
Os moradores da Centralidade do Kilamba pedem ações concretas que possam aliviar o sofrimento diário, especialmente em relação à inflação, ao custo dos transportes e à subida dos preços dos bens essenciais.
