Manucho Gonçalves entre os sete melhores

O angolano Manucho Gonçalves figura entre os sete melhores marcadores do Campeonato Africano das Nações (CAN), cuja 33 ª edição arrancou ontem, em Yaoundé, nos Camarões.

Numa lista liderada pelo camaronês Samuel Eto’o, com um recorde de 18 golos, em seis presenças, o angolano, com nove tentos em quatro participações em fases finais, partilha a sétima posição com outras referências do futebol africano, designadamente, Pierre Nday Mu-lamba (RDC ), Abdoulaye Traore (Côte d’ Ivoire) e Mengistu Worko (Etiópia).

Actualmente a residir em Espanha, onde defendeu até há pouco tempo as cores do Cornella, da II divisão B da-quele país europeu, o atacante foi preponderante na Taça das Nações de 2008, disputada no Ghana.  Formado na Escola ‘Flaminguinhos’, Manucho marcou quatro vezes no evento do Ghana, menos uma vez que o bota de ouro Samuel Eto’o. Na prova, Angola qualificou-se, pela primeira vez, para a fase de grupos.

Na primeira etapa apontou, na estreia, o único tento no empate a uma bola frente à África do Sul, depois bisou no triunfo de 3-1 sobre o Senegal (o outro tento foi apontado por Flávio Amado).  Angola terminou em segundo lugar com cinco pontos, os mesmos que a líder Tunísia. Nos quartos-de-final, Manucho Gonçalves marcou uma vez diante do Egipto, mas o tento foi insuficiente para a selecção seguir em frente.

Antes da Selecção Nacional regressar ao país, Manucho Gonçalves, até então a evoluir no Petro de Luanda, foi contratado pelo Manchester United, da primeira liga inglesa, naquela que é, até à data, considerada uma das maiores contratações de sempre do futebol angolano.

Já em 2010, na prova realizada no país, o futebolista anotou dois tentos, um deles num jogo de memória inesquecível frente ao Mali. Os Palancas Negras deixaram-se empatar quando venciam por 4-0, decorridos 76 minutos.  No CAN de 2012, organizado conjuntamente pela Guiné Equatorial e pelo Gabão, o melhor marcador do Girabola 2006 e 2007, com 16 e 14 golos, respectivamente, voltou a fazer o gosto ao pé por três vezes, ao marcar um tento na vitória por 2-1 sobre o Burkina Faso e dois no empate com o Sudão.  Na ocasião, a selecção perdeu com a Côte d’ Ivoire, por 0-2, e não passou da fase de grupos (B) ao terminar na terceira posição, com quatro pontos.