A malária, as doenças respiratórias agudas e as infecções do trato urinário estão entre as principais doenças que mais afectam os munícipes do Kilamba, segundo uma investigação do KILAMBA 24 HORAS no Centro de Saúde do Kilamba.
Nos últimos meses o referido Centro tem recebeido um elevado número de casos relacionados com estas três patologias, o que tem gerado preocupação entre os profissionais de saúde da região.
“A malária continua a ser a doença com maior incidência, sobretudo nas zonas mais periféricas da comuna, onde ainda se registam dificuldades no saneamento básico e no combate ao mosquito,” explicou uma das enfermeiras em entrevista ao KILAMBA 24 HORAS.
Já um médico que pediu anonimato destaca o impacto das mudanças climáticas nas doenças respiratórias: “Com a instabilidade do clima, sobretudo o frio e o pó nos arredores, aumentam os casos de gripe, bronquite e outras infecções respiratórias, principalmente em crianças e idosos.”
Do lado dos utentes, a preocupação também é grande. Muitos reconhecem que nem sempre procuram o centro de saúde de forma preventiva.
“Só vim ao hospital quando vi que a febre da minha filha não baixava com chá. Aqui disseram que era malária e iniciaram logo o tratamento,” contou Marta Chilombo, moradora do quarteirão D do Kilamba.
Manuel Sebastião, outro residente, partilhou a sua experiência: “Tive dificuldade em urinar e muita dor abdominal. Já tinha mais de uma semana com esses sintomas. Vim aqui e foi detectada uma infecção urinária. Agora estou a tomar antibióticos.”
Para Luciana Mavungo, que levou o filho com tosse persistente, “a equipa médica foi rápida e atenciosa. Explicaram que era bronquite e deram a medicação. Mas disseram que o frio pode agravar esses casos, e pediram para termos mais cuidado.”
Diante do cenário, a Direcção do Centro de Saúde do Kilamba reforça o apelo à comunidade para procurar os serviços de saúde com maior regularidade, mesmo antes de os sintomas se agravarem, como forma de prevenir complicações, sobretudo nesta época do ano.
A equipa do KILAMBA 24 HORAS continuará a acompanhar de perto a situação sanitária da comuna, ouvindo especialistas e munícipes sobre os desafios da saúde local.
		