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Grupo rebelde Codeco mata pelo menos 15 pessoas na RDCongo
“Havia 15 mortos, incluindo 14 civis e um soldado. Sete pessoas foram também feridas. A maioria das pessoas mortas foram decapitadas com machetes”, acrescentou Tsuba.
De acordo com a mesma fonte, a intervenção do exército e dos capacetes azuis da missão de paz das Nações Unidas no país (Monusco) impediu um maior número de mortos.
Desde meados de novembro de 2021, têm ocorrido vários ataques mortais a campos de deslocados na província de Ituri, repetidamente condenados pela ONU.
As autoridades locais, bem como os líderes da sociedade civil, imputaram estes ataques aos rebeldes da Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (Codeco).
Este último ataque ocorreu apenas 24 horas depois de supostos elementos da Codeco terem atacado um depósito de ouro próximo na cidade de Mambilidei (também na província de Ituri), matando, pelo menos, 55 pessoas, de acordo com fonte da sociedade civil à agência Efe.
As Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) reconheceram o ataque na segunda-feira e atribuíram-no à Codeco.
“Foi um confronto entre as milícias da Codeco” e o grupo armado Frente Popular de Auto-Defesa (FPAC-Zaire) em Blankete. “Disputavam este depósito de ouro”, afirmou o porta-voz do exército congolês em Ituri, tenente Jules Ngongo, em declarações pelo telefone à Efe.
Ativistas da sociedade civil negaram, no entanto, esta informação, garantindo que se tratou de um ataque de rebeldes a civis.
A Codeco é um grupo rebelde pouco conhecido, que nasceu em 2018 com o objetivo de combater os abusos do exército congolês. São-lhe imputados numerosos massacres de civis e têm multiplicado os ataques desde o ano passado na província de Ituri.
Segundo o Gabinete do Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a Codeco matou mais de 400 pessoas em 2021 e tornou-se a segunda milícia mais mortífera da região.
Confrontado com os ataques rebeldes em Ituri e na província vizinha do Kivu do Norte, principalmente pelas Forças Democráticas Aliadas (ADF), baseadas no Uganda, o Governo da RDCongo impôs um estado de sítio em ambas as províncias em maio de 2021.
Os exércitos da RDCongo e do Uganda lançaram uma operação conjunta no final de novembro de 2021, que ainda está em curso, mas a situação no terreno não melhorou.
Desde 1998, o leste da RDCongo é palco de conflitos, alimentados por milícias rebeldes e ataques de soldados do exército, não obstante a presença da Monusco, que tem no país mais de 14.000 soldados destacados.