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Direcção da Telecom reafirma abertura ao diálogo para ultrapassar paralisação
A direcção da Angola Telecom considera ilegal a greve dos funcionários da empresa, declarada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações e Afins de Luanda (STCTAL) e em curso desde o dia 21 de Junho.
Num comunicado enviado, quinta-feira(8), ao Jornal de Angola, o Conselho de Administração da Angola Telecom diz ter sido “com bastante surpresa” que tomou conhecimento de informações postas a circular pelo secretário-geral do STCTAL, Lourenço Afonso, para justificar a paralisação dos trabalhos na empresa. Tais informações, refere, são graves e deturpam a realidade dos factos e podem criar confusão no seio da opinião pública.
“A pretensa greve declarada pelo STCTAL é, no parecer do Conselho de Administração, ilegal e (isso) já foi tornado público da parte do Ministério da Administração Pública Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), o mesmo parecer, por não terem cumprido os pressupostos da Lei da Greve para a sua declaração”, lê-se no comunicado.
A direcção da Angola Telecom, embora reconheça “justeza na maioria das reivindicações apresentadas”, destaca o facto de ser do conhecimento dos trabalhadores o contexto difícil que o país atravessa, acentuado com a pandemia da Covid-19, realidade à qual a Angola Telecom não está dissociada. Refere que, nos últimos anos, a direcção da empresa, em conjunto com os trabalhadores, empenhou-se em mudar a imagem da empresa e proporcionar melhores condições para os seus colaboradores, que vêm sido efectuadas tendo, a título de exemplo, no presente ano, realizado aumento salarial no tecto máximo de 50 por cento para os trabalhadores com salários mais baixos.
No documento, o Conselho de Administração da Angola Telecom regozija-se com o facto de, no ano passado – e como há muito não acontecia -, a empresa ter conseguido um resultado líquido positivo, como demonstra o relatório e contas do exercício de 2021.
Ainda assim, afirma que “os ganhos são insuficientes para equilibrar os problemas estruturantes que a empresa vive”, decorrentes de desinvestimentos e falta de modernização tecnológica para acompanhar a dinâmica de um mercado mais competitivo e exigente. Sublinha que essas razões são do conhecimento dos trabalhadores.
O Conselho de Administração da Angola Telecom reafirma a sua determinação em garantir o bem-estar do seu principal activo, os colaboradores, proporcionando cada vez melhores condições, com um quadro remuneratório adequado face ao momento que a empresa atravessa, ao mesmo tempo em que vela pelos interesses do Estado, que são, no fundo, de todos os angolanos.
Reafirma, igualmente, a total abertura para continuar o diálogo produtivo e encontrar as melhores vias para resolver as preocupações dos trabalhadores e “unir a Família Angola Telecom”.