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Cimeira EUA-África termina com reunião de alto nível

 Cimeira EUA-África termina com reunião de alto nível

A Cimeira Estados Unidos- África, que juntou vários líderes africanos aqui em Washington, de 13 a 15 deste mês, para desenhar novos horizontes na cooperação entre EUA e o continente africano, em diversos domínios, terminou, esta quinta-feira, com a realização de um encontro de alto nível, que juntou à mesma mesa o Presidente Joe Biden e os homólogos africanos, entre eles o Chefe de Estado João Lourenço.

Esta reunião foi o ponto mais alto da Cimeira EUA-África, que se baseou, entre outros, em valores compartilhados para promover um novo engajamento económico dos Estados Unidos em África e reforçar o seu compromisso no continente em relação à democracia e aos direitos humanos, mitigar o impacto da Covid-19 e futuras pandemias, bem como fortalecer a saúde regional e global.

Foram temas em abordagem nesta reunião a “parceria para a Agenda 2063” visão estratégica da União Africana para o continente, “aprofundar o multilateralismo com a África para atender os desafios globais” e a “promoção da segurança alimentar e sistemas alimentares resilientes”.

O discurso de encerramento do encontro de alto nível coube ao Presidente Joe Biden, que, entre outras coisas, falou sobre a segurança alimentar e resiliência dos sistemas alimentares, uma questão que preocupa, neste momento, o continente africano, dado o facto de ter sido afectado pelo aumento dos preços de alimentos, fertilizantes e interrupções nas cadeias de abastecimento global, como resultado da guerra entre a Rússia e Ucrânia.

Esta cimeira ficou marcada pelo anúncio dos Estados Unidos de vários milhões de dólares para apoiar diversos projectos em África. Ao discursar no encerramento do Fórum Económico EUA-África, um dos pontos mais altos da cimeira, Joe Biden destacou, além de outras verbas, 15 mil milhões de dólares em novos projectos no continente para melhorar a vida da população, a ser disponibilizado pelas instituições do seu país.

Além deste valor, disse estarem já disponíveis 500 milhões de dólares da Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos EUA, dos quais 370 milhões para novos projectos, 100 milhões para aumentar o acesso à energia limpa e confiável para milhões de consumidores na África Subsaariana, 20 milhões para financiar fertilizantes, principalmente para pequenos agricultores e mulheres agricultoras, 10 milhões para apoiar pequenas e médias empresas e ajudar no fornecimento de água potável.

Além disso, o Presidente norte-americano anunciou, também, 350 milhões de dólares para a transformação digital do continente, bem como a facilitação de mais 450 milhões de financiamento como um todo, incluindo colaboração com instituições como a Microsoft, permitindo o acesso a 5 milhões de africanos, como parte do compromisso daquela multinacional de chegar a 100 milhões de pessoas até 2025.

Devido aos desafios com os quais o mundo está, neste momento confrontado, como a pandemia da Covid-19, guerras, desafios económicos, lutas contra os preços dos alimentos e alterações climáticas, Biden defende que a solução para estes problemas passa pela participação das nações africanas.

“Não podemos resolver estes desafios sem a liderança africana. Quando a África for bem-sucedida, ganha não só os EUA como o próprio mundo”, ressaltou.

Presidente da República recebido na Casa Branca

A agenda de trabalho do Presidente da República, aqui em Washington, ficou marcada com a sua recepção, quarta-feira, na Casa Branca, pelo Presidente norte-americano Joe Biden, durante um jantar que este ofereceu aos líderes africanos presentes na Cimeira EUA-África. Na ocasião, os dois estadistas saudaram-se com um aperto de mão e fizeram uma foto, ladeado das esposas, para a posteridade.