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Chuva “forte” volta a provocar danos e embaraços aos habitantes de Belas

 Chuva “forte” volta a provocar danos e embaraços aos habitantes de Belas

Margareth António, de 35 anos, residente no Distrito Urbano da Vila Verde, Município de Belas, viu parte da casa demolida, nas primeiras horas da manhã de ontem, quando começou a ventania, que anunciava um dia de chuva por toda a cidade de Luanda.

A força da ventania, falando aos jornalistas do KILAMBA 24 HORAS, foi tão intensa que derrubou uma árvore que estava em frente a sua residência de madeira e esta, ao tombar, danificou, igualmente, o posto eléctrico de casa, que por ser antigo, cedeu e deixou expostos vários cabos de energia eléctrica.

A situação foi tão grave que levou ao corte de energia eléctrica na zona. A família de Margareth não tem condições para abandonar a residência e estava a usar, até ao final do dia, o muro que une a sua casa à de outra rua, para saírem. Além do prejuízo ao imobiliário em muitos bairros de Belas, a chuva causou inúmeras dificuldades na circulação rodoviária, até ao final do dia. Num cenário já muito comum, eram longas as filas de veículos em vários pontos do município de Belas.

Com o engarrafamento e mesmo no final do dia, quando a chuva já perdia a intensidade, um outro cenário começou a surgir: as enchentes nas paragens de táxi e autocarros. Serafina Zumbe, empregada doméstica que trabalha no Benfica e reside na Centralidade do Kilamba, era uma das pessoas a espera do transporte para voltar à casa, depois de um dia de trabalho.

Aos nossos jornalistas disse que devido as dificuldades de transporte nas paragens, caminhou da da paragem do Benfica até a paragem do Patriota. “Tem táxis, mas muitos estão a encurtar as rotas. Os autocarros estavam muito cheios”, confessou, além de que não tinha condições financeiras para gastar com os taxistas. “Caminhei porque preciso poupar o pouco dinheiro que tenho. As rotas curtas só favorecem os taxistas”.

Molhada pela chuva miúda que ainda caía, apesar de aos poucos, disse que é o comum acontecer nos dias de chuva. “Ainda bem que não é algo constante, se não teríamos muitas dificuldades. Já não tenho força para grandes caminhadas e nem valores suficientes para suportar as despesas”, lamentou.

A dificuldade de mobilidade quando chove, criticou, é sempre a mesma, “em todas as paragens”. “Por isso, a população prefere caminhar. Mesmo usar autocarros nesta altura é complicado. Há muita confusão”.

Durante o período em que chovia na capital as paragens de táxi registaram enchentes de horas, causadas em parte pelos trabalhadores que decidiram sair mais cedo do local de serviço para casa e também pela paragem “forçada” de muitos táxis, que preferiram não circular enquanto chovia.

Apenas entre às 16h00 e às 19h00 já era possível ver alguns táxis a retomarem a actividade, de forma normal. A Avenida Fidel de Castro (Via Expressa) estava intransitável e totalmente congestionada, devido a queda de árvores em certos locais e a avaria de viaturas.