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Ambiente económico pode garantir auto-suficiência alimentar

 Ambiente económico pode garantir auto-suficiência alimentar

A aposta na sector agro-industrial deve ser mais forte para que haja um equilíbrio entre a procura e a oferta dos bens no mercado e o aumento do rendimento disponível das famílias

O actual panorama económico nacional é positivo fruto das medidas decisivas tomadas pelo Governo nos últimos anos no que toca à produção, inovação e diversificação, defendeu o presidente do Conselho Empresatial Juvenil.

Adilson Neto que prestou estas declarações ao Jornal de Economia e Finanças realçou que o Governo angolano tem  criado medidas para que nos próximos anos o país atinja a auto-suficiência alimentar.

Segundo avançou o nosso interlocutor, pela primeira vez os titulares da pasta do sector económico,  empresários, operadores económicos e empreendedores estão a focar-se naquilo que são as dinâmicas desenvolvidas traçadas pelo Governo, uma demonstração clara que comprova a existência de projectos que levam o país a uma economia real e diversificada.

Com estas tomadas de decisões e o cumprimento das medidas actualmente implementadas, Adilson Neto disse que os cidadãos estão a perceber o que efectivamente Angola produz, transforma e exporta para o exterior do país.

O jovem que trabalha por conta própria no segmento do empreendedorismo, disse que além de cidadão é também representante da classe, ocupando o cargo de presidente do Conselho Empresarial Juvenil ( CEJA).

Para interlocutor, o crescimento económico hoje traduz-se nos vários sectores da economia  de várias formas e os jovens passaram a avaliar o impacto e o desempenho da estrutura financeira do país.

Disse que, com o processo de diversificação em curso, os angolanos em função da nova realidade, têm sabido dar resposta naquilo que são os fenómenos do país,  porque segundo afirma, hoje já é possível avaliar as classes de empreendedores e empresários que gizam esforços na transformação, fazendo a diferença para mostrar que realmente é possível apostar na economia dedicando-se na sua diversificação, sobretudo, na produção, transformação, evolução e conhecimento.

“A economia de hoje é crescente do ponto de vista de responsabilidade face aos reais desafios dos vários sectores de actividade, com destaque, para a agricultura, pescas, indústria transformadora, sector mineiro”, frisou para acrescentar que um dos exemplos do desenvolvimento económico é o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), e o Programa de Reconversão da Economia (PREI).

Quanto a estes dois programas, disse que, naquilo que é a visão  estratégica do Governo, têm surtido resultados positivos,  por um lado, por impulsionar os sectores produtivos e por outro, porque diminui o grau de informalidade no mercado de bens e serviços, processo este, que fará com que os cidadãos contribuam para os cofres do Estado com o pagamento de mais impostos.

Apostar mais na agricultura

Já a cidadã Virgínia Ginga, defende que embora a economia de hoje tenha sofrido mudanças, devia estar melhor porque o resultado ainda não satisfaz os cidadãos.

Para Virgínia Ginga é necessário apostar mais na agricultura para que os preços dos produtos no mercado continuem a baixar cada vez mais.

Disse que  o preço  dos produtos nos mercados em relação há cinco anos subiram exponencialmente, embora alguns produtos sofreram alteração para mais baixo preço, como o arroz, feijão, massa e óleo.

Virgínia Ginga defende que os preços devem baixar ainda mais porque o poder de compra já não é o mesmo. Disse que, com o salário que aufere na carreira de técnica de 3ª classe conseguia comprar os produtos alimentares a grosso, o que não acontece hoje porque a mesma quantia só chega para “fazer sócias”, comprando quantidades mínimas de bens.

“O preço da cesta básica melhorou um pouco,  e para dar continuidade ao processo, o Governo deve trabalhar mais colocando as indústrias nas zonas mais recônditas para desafogar um pouco os mercados e os centros das províncias”, frisou.

Outro aspecto importante que a cidadã Virgínia Ginga defende que seja revista na economia de hoje é, o Imposto sobre o  Rendimento do Trabalho (IRT), que está alto para todas as classes sociais.

Segundo a interlocutora, a percentagem do IRT é ainda muito elevada, na sua óptica devia-se desagravar para  conferir maior poder de compra aos funcionários públicos.

A técnica de 3ª classe disse que  hoje  aufere um salário de 147 mil kwanzas e com os descontos do IRT e da Segurança Social é descontado logo cerca de 16 mil kwanzas.”

Disse que o valor descontado é muito e já dá para comprar meio de saco de arroz, coxa de frango e outros produtos”, frisou.