Num esforço de valorização das comunidades locais e melhoria do planeamento social, a Administração Municipal de Belas realizou um levantamento e confirmação dos limites geográficos dos bairros da Comuna da Barra do Cuanza, uma das zonas com grande potencial turístico e agrícola da capital.
A acção enquadra-se na implementação da nova Divisão Política e Administrativa (DPA), aprovada este ano, e teve como principal objectivo garantir uma delimitação justa e actualizada dos bairros, promovendo assim a inclusão, a organização do território e o acesso equitativo aos serviços públicos.
Durante a jornada, uma equipa técnica multissectorial, integrada por especialistas das direcções de Infra-estruturas, Ordenamento do Território, Habitação e Registos, percorreu zonas como Vitrona II, Uacongo I e II, Lombo, Sede, Foz do Rio, Cabarril, Palmeirinha e Miradouro, recolhendo dados e georreferenciando os limites entre bairros.
“O nosso objectivo vai além do técnico. Estamos a trabalhar para que cada morador saiba de que bairro faz parte, qual é a sua zona de referência e como pode melhor aceder aos programas sociais”, explicou Ibrahim Rocha, Administrador Comunal da Barra do Cuanza, que acompanhou pessoalmente os trabalhos com a sua equipa.
O ponto de partida da missão foi a Via Quenguela Norte, eixo estratégico que separa os municípios de Belas e Kilamba, numa zona marcada pelo crescimento de novas comunidades e crescente procura por habitação e serviços.
A actualização cartográfica, segundo os responsáveis, permitirá um planeamento social mais justo, com melhor distribuição das escolas, unidades de saúde, acesso a água potável, energia e policiamento.
Mais do que linhas no mapa, a delimitação dos bairros representa uma afirmação da identidade de cada comunidade e um instrumento para fazer valer os seus direitos junto das autoridades locais. “Agora já sabemos que o nosso bairro é Vitrona II e temos voz nas decisões”, afirma Dona Laurinda, moradora da zona há 12 anos.
Com a conclusão desta etapa, a Administração de Belas prepara-se para lançar programas de urbanização, legalização de terrenos e reforço da acção social nos bairros mapeados, aproximando os serviços públicos dos cidadãos.
A iniciativa foi saudada por líderes comunitários, que acreditam que a organização territorial é o primeiro passo para melhorar a vida nas comunidades, facilitar o investimento local e reforçar os laços de pertença dos moradores com os seus bairros.
